Babá do filho dos Bakugou

Boate.

Kirishima on.

O garoto de cabelo vermelho havia acabado de sair da academia e subir em sua bicicleta para seguir para casa, porém, no meio do caminho ele encontrou com Sero e decidiu parar para falar com o mesmo. Ele parecia acabar de volta de algum tipo de festa.

— Se não é o baladeiro.

Sorriu enquanto andava devagar ao lado deste, equilibrando a bicicleta para que não caísse. O moreno riu ao olhar para si. É, ele havia acabado de chegar de uma festa.

– Se não é o crossfiteiro.

Brincou sorrindo. Sero tinha suas roupas amassadas e os botões de sua camisa estavam abertos, boa parte deles, e outros abotoados de forma errada.

— Haha muito engraçado. Seus pais realmente não ligam se você volta a esse horário?

O garoto moreno sorriu retirando do bolso o maço de cigarro e o levou até os lábios. Antes que pudesse acender, Kirishima tomou a droga do mesmo e a jogou longe.

– Você às vezes é insuportável, sabia?

— É, eu tô ligado nisso.

Deu de ombros pois aquilo não o incomodava. Ele nem sequer ligava. Parou com a bicicleta e apontou para a garupa atrás.

— Vem, eu te levo. 

– Prefiro caminhar.

— Vai negar a minha carona? Beleza que não é uma moto igual a do Denki ou um carro foda como o do Kat, mas ela tá novinha e-

– Chega, eu vou sim.

Kirishima sorriu de forma vitoriosa e esperou o Hanta subir, sentiu as mãos do mesmo tocarem em si, abraçando sua cintura e o rosto deste encostar em suas costas.

— Não durma.

– Não irei. Você está fedendo. 

— Acabei de sair da academia, não estaria cheirando a flores nunca.

Disse e logo começou a pedalar. Era notável que Sero não estava dormindo, seus braços estavam rígidos em volta de si e às vezes sentia o mesmo mexer a cabeça em suas costas, provavelmente coçando alguma parte do rosto em si.

– Você já tentou algo com a Mina?

O silêncio estabelecido por ambos foi desfeito após aquela pergunta. Ele estava parado em um dos sinais, ao lado de um carro. 

— Não. 

– Por que?

— É nítido que ela não sente o mesmo.

Deu de ombros e voltou a pedalar com calma e a prestar atenção por onde passavam.

– Então porque continua gostando dela e deixando ser tratado como ela te trata? 

Ele suspirou baixo e não respondeu de imediato aquela pergunta, demorou mais que o normal demoraria para responder, porém, a resposta não veio. 

– Você acha que realmente gosta dela ou colocou isso como verdade absoluta porque é uma das pouquíssimas garotas que nunca lhe zoaram por algo?

— Onde quer chegar com isso?

– Você devotou anos da sua apenas para a Mina e só para ela. Nunca foi retribuído, ela o vê como um irmão mais velho, Kiri. Você não sai e quando sai fica em um cantinho apenas bebendo e observando ela dançar, ficar com outras pessoas. Isso não dói?