Rain on.
Eu odeio o Sodo! Em tão pouco tempo ele conseguiu me jogar para baixo de tantas formas que nem tem como explicar. Ele estava me desafiando certamente para me intimidar, e estava conseguindo. Mas eu me apeguei a ideia de que precisava aguentar isso por pouco tempo. Com sorte eles encontrariam outro Ghoul, e eu estaria livre, e com a minha carta de indicação assinada pela banda.
Cheguei em casa com tanta raiva, que nem senti fome. Apenas tomei banho, organizei meus afazeres, e sentei na cama com o violão para iniciar a composição.
Utilizei alguns acordes que eu vinha montando em minha mente já fazia uns dias, e como ele queria que a música fosse para o Ghost, uma letra fluiu de maneira bem rápida, para minha surpresa.
Comecei a escrever, e a compor o ritmo dela. Era cerca de meia tarde e ela estava pronta.
Mesmo tendo ocupado a minha mente com a música, aquela sensação não saia de mim, então, e toquei e cantei, e fiz isso novamente, e de novo, e quando percebi já havia a decorado.
See the light - Ghost
Many a sin I have witnessed
And in many indeed I have been
Many a rat I've befriended
And so many a thorn stood betweenBut of all of the demons I've known
None could compare to youEvery day that you feed me with hate
I grow stronger
Every day that you feed me with hate
I grow strongerDrink me, eat me
Then you'll see the light
Drink me, eat me
Then you'll see the lightMany a mind I have haunted
And in many a way, I have been
Often the one to have flaunted
An image grotesque and obsceneBut of all these dark roads that I roam
None could compare to you+2x
Bem, era isso! Só faltava saber se a banda aprovaria. Em especial, Sodo. Mas lá no fundo, eu meio que não me importava. Se ela não fosse aprovada, eu a deixaria disponível para a gravadora oferecer para outra banda que estivesse precisando, pelo menos, faria uma graninha.
Decidi chamar meus amigos para um encontro quando todos tivessem saído de seus trabalhos. Os esperei em uma lanchonete, enquanto mexia na gravação da minha música, no laptop, e tomava uma cerveja.
Para a minha surpresa, quem também chega lá? Pois é, Dewdrop, com o Theo, e Aether. Isso era perseguição, ou castigo?
-Ooi Rain! -falou Aether, empolgado.
Eu tirei os fones e levantei, o estendendo a mão.
-Oi... Tudo bem? -sorri tímido.
-O que faz sozinho?
-Esse garoto é muito esquisito.
Olhei para o Sodo como se não tivesse o notado antes.
-Olá, Dewdrop! Oi Theo -sorri apenas para a criança.
Theo sorriu para mim, enquanto deitava a cabeça no ombro do pai. Que vontade de morder esse pequeno. EU ESTOU FALANDO DO THEO.
-Vocês querem se sentar? Eu estou esperando uns amigos... Não vão demorar.
-Seria ótimo -disse Aether.
-Seria, mas não queremos incomodar! -disse Sodo.
-Não vão! Mas vocês que sabem!