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Sodo on.

Eu precisei tanto tempo para processar tudo o que estava acontecendo... parecia que eu estava vivendo em uma montanha russa de emoções. Eu não queria ir até aquele parque, e seria bom nem ter ido, mas o Theo insistiu tanto, que não teve jeito.

Meu coração estava partido, mas tinha alguma coisa estranha naquela história. Eu sabia que esse amigo do Rain nunca foi com a minha cara, realmente, mas o tom de voz deles estava diferente. A forma como Rain falou não era a mesma de quando ele saia com Tony, mas isso tudo era muita informação para a minha cabeça. Aquilo doía.

Pelo retrovisor eu via o Theo observando o caminho fora do carro, e isso fez doer um pouco mais, eu sabia que se existisse um momento em que não estaríamos mais juntos, certamente ele sofreria também. Isso novamente me fez lembrar do motivo de eu não querer um relacionamento enquanto ele ainda fosse pequeno.

Por sorte, e muita coincidência, a irmã da Camille pediu para levar o Theo para passar a noite em sua casa, com os primos! Isso me daria um tempinho para lidar melhor com essa situação delicada demais.

Eu o levei para casa, brincamos por um bom tempo antes de arrumá-lo para ir até a casa da tia. No caminho de volta, eu considerei ir até a casa do Rain, mas se o fizesse acabaríamos brigando, então ao invés disso, chamei o Swiss para sairmos, eu precisava conversar antes que acabasse implodindo.

Não contei a ele o que tinha acontecido, mas ele sabia que algo não estava certo, e apenas respeitou, sem fazer perguntas invasivas. Esse era um dos motivos de eu adorar nossa amizade. Esse era um dos motivos de eu adorar nossa amizade, e era tão profunda, que não pensei duas vezes quando o convidei para ser o padrinho do Theo, assim que ele nasceu.

Quem sabe após uns bons goles, eu contasse.

Senti meu celular vibrar no bolso, ao pegá-lo, esperava que fosse o Rain, mas estranhei o fato de ser uma chamada de um número que eu ainda não tinha salvo.

-Alô?

-Sodo?

-Quem gostaria?

-Sodo, é o Spencer!

Respirei fundo enquanto revirava os olhos.

-O que você quer, amigão?

-E-eu só queria te explicar o que aconteceu... posso te encontrar?

-Olha... eu acho que não é uma boa ideia!

-Por favor! Eu não gosto de você, mas não quero ser a razão pelo meu melhor amigo estar em pedaços agora...

-Pensasse nisso antes!

-Eu amo ele! Não vou negar que eu gostaria de ser a pessoa com ele neste momento, mas infelizmente o coração dele não me pertence... ele é todo seu, não o jogue fora!

-Já acabou?

-Não! Você precisa entender que ele não fez nada! Eu quis beijá-lo, mas e foi uma atitude totalmente impulsiva! Ele não queria, e ele nem retribuiu, muito pelo contrário, quase me deu um soco!

-Pois deveria ter dado!

-Não fique pensando que ele te traiu... porque ele não o fez. Ele não tem culpa de nada, ele não fez nada de errado!

-Spencer, vai pra puta que pariu.

Desliguei o celular, e o larguei na mesa, bufando.

Swiss me olhava sem entender nada.

-Caramba! Quem era?

-Um dos amigos do Rain!

Ele ligou novamente, mas eu não fiz questão de atender. Eu já tinha entendido toda a situação, não precisava mais ficar ouvindo a voz daquele ser infernal.

Sweet & Psycho - Dewdrop e RainOnde histórias criam vida. Descubra agora