-X- Capítulo curtinho, mas não queria deixar vocês sem att hoje! -X-
Sodo on.
Eu tinha em meus braços um Rain destruído por seus próprios sentimentos, e tinha a sensação de estar juntando seus pedaços para que pudesse reconstruí-lo.
Seu corpo estava muito quente, e seu peito sobre o meu, me permitia sentir seus batimentos cardíacos, que estavam um pouco acelerados.
Eu estava muito neutro em relação aos meus sentimentos, e sobre o que eu faria com eles, mas claramente o Rain estava vivendo uma confusão gigantesca, e ainda estava aprendendo a desatar esses nós. Ele estava sozinho, tentando superar um trauma, e quem é que poderia saber o tamanho das dores dele, se não ele mesmo?
Cada lágrima derramada por ele transmitia tanta dor, e seu rosto deixava transparecer todo o seu arrependimento, e vontade de dar a volta por cima.
O beijo dele foi tão delicado, que seus lábios pareciam seda sobre os meus... tão quentinho que meus olhos marejaram. Poderia até ser saudade dele, ou a comoção do momento, mas eu descobri naquele instante que eu também necessitava daquele toque, então, o prendi junto ao meu corpo, com um abraço firme e aconchegante.
Eu podia sentir e ouvir que durante o beijo, sua respiração pesava um pouquinho, mesmo que fosse um beijo totalmente lento, e carinhoso. Por esse motivo, deslizei suavemente as mãos por seu corpo, o acariciando.
Quando finalizamos aquele beijo, ele escondeu o rosto em meu ombro, afaguei seus cabelos e depositei um beijinho sobre seus fios.
Ele estava envergonhado, e eu achei isso adorável.
Ficamos um tempo naquela posição até que finalmente ele me olhou, estava coradinho, e eu ri.
-Oi, Rosinha!?
Ele riu também, e escondeu novamente o rosto.
-Eu não estou acreditando que você está com vergonha de mim, pantera cor-de-rosa!
-Desculpa...
-Te desculpar por estar tímido?
Ele assentiu.
-Não tem que pedir desculpas por isso! E também não tem com o que se preocupar, não é como se estivéssemos próximos pela primeira vez... apenas relaxa!
ele permaneceu deitado em meu peito, olhando para a tv, e continuei brincando com seus fios de cabelo, os enrolando em meus dedos, enquanto o suave cheiro do shampoo exalava. Faltava só um pouquinho para eu começar a cantar baixinho para fazê-lo dormir, assim como fazia com o Theo, mas percebi que sua respiração suavizou, e quando olhei para seu rosto, percebi que ele realmente havia dormido.
-Bom descanso, Rain! -falei o mais baixinho possível.
E assim, ele descansou sobre meu corpo por pelo menos uma hora, enquanto eu assistia a um documentário. Em determinado momento, ele começou a ficar inquieto, e acordou ofegante muito assustado. Isso o fez se levantar imediatamente.
Segurei seus braços.
-Hey, hey! Calma! Está tudo bem.
Ele me olhou finalmente se localizando.
-Sodo...
Então, respirou aliviado.
-Foi um pesadelo e tanto, chuvinha.
Respirou fundo, e sentou ao meu lado, sua testa suava um pouco.
-Quer contar o que foi o seu sonho?
Ele negou.
-Foi uma memória daquela noite... não vale a pena falar sobre isso!
Coitadinho.
Me ajeitei sentando no sofá, e o chamei.
-Vem cá, deixa eu te dar colinho para esquecer disso!
Abri os braços, e ele se virou de costas, se apoiando em meu peito. Repousei minha cabeça sobre seu ombro, e beijei sua bochecha. O envolvi em meus braços.
-O Tony não poderá mais te fazer mal se você o deixar no passado.
Ele assentiu.
-Estou disposto a fazer isso!
-Fico muito orgulhoso com isso.
Envolvi suas mãos nas minhas, e o toquei com o máximo de carinho possível.
Quando ele já estava mais relaxado, passei as mãos por suas pernas, sua barriga, seu peito, seu rosto, e refiz o caminho até seu quadril. Comecei a acariciar seu membro por cima da calça, e observei sua reação. Nada de recuo. Olhos fechados, sentindo o meu toque.
Dei mais alguns beijos em seu rosto, enquanto continuava com o foco das carícias em seu membro. Ele já começava a soltar baixos e suaves gemidos e sussurros. Minha respiração quente contra sua pele o fazia arrepiar. Ele relaxou um pouco mais seu corpo contra o meu, ficando mais à vontade.
Quando o volume em sua calça aumentou, levei sorrateiramente a mão para dentro, tocando diretamente seu membro. Ele mordeu timidamente seu lábio, estava claramente a vontade.
Quando comecei a masturbá-lo, mordi sua orelha, e rocei meu nariz em seu rosto. Ele segurava sua voz, e eu não entendi o motivo. Sussurrei em seu ouvido:
-Geme pra mim, babe! -em seguida, deixei mais um beijo em sua bochecha.
Ele começou a gemer um pouco mais alto, e isso me deixou feliz. Eu queria que ele se entregasse ao prazer, e ao desejo, e que fizesse o que estava com vontade. E naquele momento, o que ele queria era dar voz às suas sensações.
A medida em que eu intensificava meus movimentos, ele foi se entregando e perdendo a timidez.
Sua temperatura subiu, seu corpo tremia quase que imperceptivelmente, e uma onda elétrica passava de seu corpo para o meu, e vice-versa.
Ele se contorcia, segurava firmemente em minhas pernas, gemia, mordia os lábios, algumas vezes me beijava, e quando finalmente atingiu o orgasmo, seu gemido ecoou pela sala, e o que seguiu depois foi o som de um serzinho ofegante, que ficara todo mole em meus braços.
Ele virou o rosto e me beijou calorosamente. Continuei segurando seu membro durante o beijo, e ele me beijava de forma completamente necessitada.
Eu precisava me lavar, então, esperei ele encerrar o beijo para convidá-lo para um banho.
Enquanto caminhávamos até o banheiro, mantive as mãos segurando sua cintura, como se ele estivesse me guiando até lá. Nos despimos de vagar nos intervalos de longos beijos, tomamos um banho quentinho enquanto eu passava sabonete líquido por seu corpo, tomando cuidado para não pressionar suas lesões. Ele retribuía a todas as minhas ações, massageando também o meu corpo utilizando o sabonete. Quando saímos, nos secamos e fomos para debaixo das cobertas, onde nossa conexão aumentou. Ele sentou em cima de mim, e ali nos amamos, de vagar, com olhos nos olhos.
Forte e intensamente, mas ao mesmo tempo com muito cuidado e carinho. Eu o preenchi, e ele me entregou todo o seu ser, me deu não só seu corpo, mas sua alma. Parecia que estava tudo acontecendo em câmera lenta, pois aquele momento foi único, difícil de colocar em palavras, foi a primeira vez que tive uma relação assim com alguém. Sem pressa, sem pressão, sem exigências, apenas a simplicidade do momento.
Quando terminamos, repousei em seu peito, enquanto apenas aproveitava suas carícias, sentindo seu cheiro, e seu calor. Estava tão relaxado que adormeci aos pouquinhos, em seus braços. Naquele dia não tinha outro lugar onde eu gostaria de estar. E já que estávamos ilhados, eu poderia passar horas e horas ali.
~x~