Capítulo VIII - Finalmente feliz

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Amor, umas definições do google para amor  é atração baseada no desejo sexual.

--Soraya--

Sexta-feira, não me lembro da última vez em que uma semana foi tão boa para mim.

Simone me dá paz, amor e o carinho que eu preciso. Sempre fui tão carente disso que quase não acreditei que pudesse existir, realmente Simone era algo de outro mundo, parece que Deus sentiu pena de mim e a enviou para que eu fosse feliz, finalmente feliz.

Simone ainda dormia quando me levantei e fui até o banheiro lavar o rosto e escovar os dentes, vesti meu robe de cetim sem nada por baixo, ele era meio transparente, mas o que eu tenho a esconder? Simone já viu tudo mesmo.

Saí do quarto e fui para a cozinha, quero fazer o café da manhã para ela. Peguei duas tigelas no armário e as coloquei na mesa, peguei a farinha, o açúcar, o fermento e o sal e os misturei em uma das tigelas. Na outra, misturei os ovos, o leite e a manteiga. Acrescentei o líquido da segunda tigela na primeira, sem excesso, se ficasse muito líquido não daria certo, me lembro bem quando tentei fazer isso pela primeira vez e chorei porque deu errado. Aqueci e untei minha frigideira com óleo, coloquei a massa primeiro no centro e ela foi se abrindo, virei para assar o outro lado, e... perfeito! Deu certo! Realmente quando fazemos as coisas com amor dá certo! Fiz umas 12 panquecas, elas eram do estilo americano. Fiz uma calda de chocolate para a cobertura, cortei morangos e bananas e os deixei em uma tigela de vidro na mesa. Fiz um suco natural de laranja e o coloquei na mesa, indo fazer o favorito dela: o café. Fiz um chá para mim e fui até o quarto acordá-la. 

— Simone... amor! — digo baixinho em seu ouvido.

— hmm... Soraya, só mais um pouquinho — ela geme.

— Não, só mais um pouquinho e você não toma café da manhã comigo. Anda, amor — a beijo na bochecha.

— Tá bem — ela se levanta e me acompanha até a cozinha.

— Quem vem para o café? — diz ela ao observar a mesa posta.

— Você — digo sorrindo atrás dela e a abraçando por trás.

— Ah, Soraya... não mereço tanto.

— Merece sim! — nos sentamos à mesa e ela se serve, ela sorri para o doce todo da mesa, acho que o doce simboliza o nosso relacionamento.

— Fiz café, amor. Vou pegar — me levanto para pegá-lo.

— Soraya...

Pego a caneca de fogão e despejo o líquido quente em uma xícara.

— O quê? — digo entregando a ela a xícara.

— Você faz parte do cardápio? — ela sorri.

— Acho que sim — sorrio ao me lembrar de minha vestimenta.

Simone não tirou os olhos de mim e a cada vez que mastigava, me elogiava como cozinheira.

— Preciso cuidar de você, amor. É uma forma de te dizer "eu te amo" sem realmente dizer — sorrio. — Eu te amo, Simone.

— Soraya, eu te amo muito! Obrigada por cuidar de mim — ela segura minha mão.

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Minha mãe sempre me disse que o amor é a arte de conquistar, conquistar todos os dias! Ela dizia:

— O homem a gente conquista pelo estômago.

Bom, a Simone não é um homem. Mas ela precisa comer, logo... eu acho que Soraya cozinhar para ela seja bom.

ELAOnde histórias criam vida. Descubra agora