Olá, pessoal! Aproveitando minha "tistreza" estou aqui para dar o final "tistre" que não consegui dar para vocês.
É uma continuação dessa parte do capítulo "Mudar" — que foi o capítulo final.
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— Sou presente e não trago vagabundas para casa e nem bato na mãe delas estando na frente delas.
Simone havia trago em duas oportunidades mulheres para a casa das duas e dormido com elas na cama que divide com Soraya. Soraya já nem se importava mais, até esperava esse tipo de comportamento de Simone. Soraya se encontrava algumas vezes com Carlos, apenas momentos íntimos existiam entre os dois.
Ana Clara e Maria Luísa presenciavam as brigas das mães, sempre corriam para o quarto e choravam durante as discussões. Simone era agressiva quando não conseguia o que queria, Soraya já estava cansada de obedecer e ser totalmente submissa a ela.
--Soraya--
Eu apenas queria poder dizer: "Chega, não aguento mais". Queria poder dizer que a odeio, mesmo a amando, queria dizer que ficaria apenas com as lembranças dos nossos bons momentos juntas, mas nossas filhas e as marcas e cicatrizes espalhadas pelo meu corpo não me deixam esquecer. Queria poder olhar para nossas filhas e ter certeza de que escolheriam a "mãe certa", mesmo isso sendo egoísta da minha parte.
— Posso te fazer uma pergunta? — Simone quebra o silêncio.
— Faça.
— Por que você não foi embora? — Sua dúvida parecia genuína.
— Porque eu te amo, te amo apesar de tudo. Essa Simone que você se tornou não conseguiu apagar a Simone que eu conheci. Não poderia te abandonar depois de saber que você foi abandonada e que sofreu muito por isso. Nossas filhas precisam das mães juntas — essa última era o real motivo. Amo ela, mas consigo viver sem ela. A essa altura do campeonato, não me importo se ela está sofrendo por termos rompido. Eu não a abandonei, ela nos abandonou. Fui abandonada todos esses anos e sobrevivi, ela sobreviveu quando foi abandonada. Ela não se preocupou comigo, então, por que eu me importaria com ela? Agora não preciso mais dela nessa casa e nem dividir a cama com ela.
Ela sabe que é por causa das nossas filhas, ela não é burra. Eu não preciso disso, mas me sujeitei a isso por amor, mas por amor à nossas filhas.
Maria Luísa é a mais sensível, é a que chorava ao me abraçar quando a mãe acabava de brigar comigo e sair de casa. Claro que ela só escutava os gritos das discussões, Simone e eu não deixaríamos ela ver uma agressão. Tínhamos algum juízo guardado.
Ana Clara é uma criança mais quieta, eu já fui chamada na escola várias vezes por seu comportamento tímido. Nem falar ela fala, a chamada ela não responde, como diz minha ex-esposa: "Ela entrou muda e saiu calada". Ana Clara está tendo apoio psicológico com Rosângela.
Semana passada flashback on:
— Você não sabe de nada, nossa filha tem um problema! SUA filha tem um problema! — Simone gritou comigo no quarto, nossas filhas estavam no outro quarto assistindo televisão. Simone gritou depois de falar sobre o caso de Ana. — Claro que ela teria problemas, puxou a mãe! — ela passou as mãos no cabelo tentando conter a raiva. Ela estava de pé e eu sentada aos pés da cama.
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ELA
Fanfiction𝙎𝙞𝙢𝙤𝙣𝙚 𝙏𝙚𝙗𝙚𝙩 𝙚́ 𝙪𝙢𝙖 𝙙𝙖𝙨 𝙥𝙧𝙤𝙛𝙚𝙨𝙨𝙤𝙧𝙖𝙨 𝙙𝙚 𝙎𝙤𝙧𝙖𝙮𝙖 𝙏𝙝𝙧𝙤𝙣𝙞𝙘𝙠𝙚 𝙣𝙖 𝙛𝙖𝙘𝙪𝙡𝙙𝙖𝙙𝙚 𝙙𝙚 𝘿𝙞𝙧𝙚𝙞𝙩𝙤; 𝙚𝙡𝙖𝙨 𝙫𝙞𝙫𝙚𝙢 𝙪𝙢 𝙧𝙤𝙢𝙖𝙣𝙘𝙚 𝙦𝙪𝙚 𝙨𝙚 𝙞𝙣𝙞𝙘𝙞𝙖 𝙖𝙥𝙤́𝙨 𝙪𝙢 𝙨𝙤𝙣𝙝𝙤𝙨 𝙚𝙧𝙤́𝙩...