O último hot de ELA Final II

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--Soraya--

Tudo em Simone parecia mais sexy hoje, talvez seja o vinho ou o fato de estarmos sem nossas filhas e soltas na noite, mas o jeito como ela segura o garfo e sorri está acabando comigo.

— Ana Clara me disse que queria uma casa na árvore, o que acha? Essa menina gosta daqueles seriados americanos e com certeza viu isso em algum deles. — Simone pousou o garfo no prato. — Disse que perguntaria para você — minha esposa disse depois de não receber a resposta da sua pergunta.

— Sem casas na árvore, Simone. Talvez uma casinha no quintal, mas na árvore,  não — disse ao lembrar do sonho em que minha esposa caiu da casa da árvore.

— Seja razoável, Soraya. É um pedido bobo e não custa nada — ela bebeu mais de sua água.

— Não gosto de altura, Simone, e é perigoso — disse rodeando a base da minha taça de vinho vazia com o indicador.

— Por isso deixou de crescer? — Simone riu e eu a chutei debaixo da mesa.

— Malu me perguntou por que ela tinha duas mães e as coleguinhas dela tinham uma mãe e um pai — disse e vi Simone ficar séria.

— E o que você disse?

— Disse que somos uma família e não importa do que uma família é formada, tendo amor é o bastante. Ela me abraçou e disse que ela nos ama e que não se importa de ter duas mães — sorri e Simone suavizou.

— Essa noite é nossa, vamos deixar as meninas um pouco — ela pegou minha mão e a acariciou com o polegar.

O garçom se aproximou e eu paguei nosso jantar.

— Você sabe que eu devia ter pago, não sabe? — Simone estava muito chata desde que saímos do restaurante.

— Por quê? — disse abrindo a porta do carona para ela.

— Porque... porque eu a convidei e por que você vai dirigir?

— Estou com vontade de dirigir hoje e você é muito lenta.

— Você bebeu, Soraya.

Reviro os olhos e ela segura a porta do carona para mim e eu me sento. Simone passa o cinto de segurança em mim e corre para o lado do motorista.

Simone dirigindo era sempre a coisa mais linda que meus olhos poderiam ver, todas as vezes em que estava dirigindo meu cérebro guardou a imagem com perfeição, é o único momento em que tenho memória fotográfica.

Ela dirige devagar demais e eu só queria tirá-la daquelas roupas e aproveitar o resto da noite nua sobre a cama.

Simone concentrada na estrada e nos carros ao nosso redor sorriu ao ver o primeiro sinal vermelho, ela pousou sua mão direita na minha coxa e a apertou.

— Vamos para onde? — sorri e ela deu um tapinha na minha coxa e voltou sua atenção à estrada. — Segredo de Estado — ela respondeu e mordeu o lábio inferior.

Depois de alguns minutos reconheço o caminho, estávamos na frente da faculdade e ela estacionou o carro de qualquer jeito.

— Simone... — ela sorriu e abriu a porta para mim, segurou minha mão para me ajudar a descer do carro e fechou a porta me pressionando contra a lataria fria.

— Onde tudo começou — ela me beijou e me colocou sobre o capô do carro.

— Estamos invadindo? — perguntei depois dela deixar de me beijar e começar a massagear minhas coxas.

— Digamos que me devem um favorzinho — ela sorriu e me estendeu a mão para me ajudar a descer de cima do carro.

Ela me abraçou por trás e me perguntou se eu me lembrava do caminho, óbvio que lembro e ela me diz para conduzi-la. Andamos muito devagar ela continuou me abraçando por trás e dizendo coisas como:

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