Sábado.
Simone ainda atolada de coisas para corrigir, praguejando ser uma professora tão exigente e insuportável.
Soraya estava estudando, segunda-feira teria uma prova que seria a mais importante, a de Simone.
Sábado seria assim? Tão chato?
Soraya arruma sua casa, toma um banho longo e relaxante. Arruma seus livros e cadernos em cima da bancada da cozinha e faz um café forte, sem açúcar.
Simone estava com seu notebook ligado e com três pilhas de papéis na mesa. Tomava um café frio, fazendo careta cada vez que o engolia, ela não aguentava mais.
--WhatsApp--
Simone: Não quer vir aqui para casa?
Soraya: Não posso, estou estudando para a prova de segunda, não posso decepcionar a minha professora favorita.
Simone: Aposto que ela não se decepcionaria, ela te tem como sua aluna favorita e ela poderia te ajudar nisso.
Soraya: Tratamento especial? Não, não. Eu consigo.
Simone: Eu sei que consegue. Sinto sua falta.
Soraya: Eu também...
--Simone--
É um saco! Eu não aguento!
Corrigi todos aqueles malditos papéis, transformando três pilhas sem correção em apenas uma totalmente corrigidas e separadas por aluno e ainda por ordem alfabética e data de entrega.
Revisei minha prova da segunda-feira e a enviei para a faculdade.
--Soraya--
Eu sei a matéria, presto atenção em cada sílaba que Simone diz, eu sei isso!
Fecho meus livros e cadernos e os guardo, minha cabeça vai explodir.
Começo a fazer um bolo de chocolate, cozinhar me traz paz, é libertador, prefiro cozinhar do que comer.
A campainha toca depois do forno apitar avisando que o bolo estava pronto.
— Não aguentei de saudades.
— Nos vimos ontem... — sorri.
— É muito tempo.
Volto para a cozinha e tiro o bolo do forno, o colocando em um prato bonito de vidro.
— Hmmm... Soraya!
— O que podemos fazer enquanto ele esfria?
— Eu tenho uma ideia... — faz uma expressão safada e segura minha cintura.
— Eu gostaria de conversar — digo e ela fica meio chateada.
Deixamos o bolo na bancada da cozinha e fomos para a sala.
— O que somos?
— Ãh? — ela vinca a testa confusa.
— O que somos, Simone? — cruzo os braços.
— Bom... acho que ficantes? — ela cruza seus braços também.
— Ficantes que trocam "eu te amo" dormem juntas, se chamam de "amor" e não conseguem ficar um dia sem se ver? — descruzo os braços para gesticular com as mãos.
— Mais ou menos isso... Mas você é minha.
— Sua? Você é só minha "ficante" — faço aspas com os dedos.
— Pra mim até isso é sério — ela passa ambas as mãos no cabelo.
— Sério como?
— Enxergo você como minha mulher, não como namorada ou outra coisa, só faltou o pedido — ela sorri e molha os lábios com a ponta da língua e faz isso o mordendo devagar.
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ELA
Fiksi Penggemar𝙎𝙞𝙢𝙤𝙣𝙚 𝙏𝙚𝙗𝙚𝙩 𝙚́ 𝙪𝙢𝙖 𝙙𝙖𝙨 𝙥𝙧𝙤𝙛𝙚𝙨𝙨𝙤𝙧𝙖𝙨 𝙙𝙚 𝙎𝙤𝙧𝙖𝙮𝙖 𝙏𝙝𝙧𝙤𝙣𝙞𝙘𝙠𝙚 𝙣𝙖 𝙛𝙖𝙘𝙪𝙡𝙙𝙖𝙙𝙚 𝙙𝙚 𝘿𝙞𝙧𝙚𝙞𝙩𝙤; 𝙚𝙡𝙖𝙨 𝙫𝙞𝙫𝙚𝙢 𝙪𝙢 𝙧𝙤𝙢𝙖𝙣𝙘𝙚 𝙦𝙪𝙚 𝙨𝙚 𝙞𝙣𝙞𝙘𝙞𝙖 𝙖𝙥𝙤́𝙨 𝙪𝙢 𝙨𝙤𝙣𝙝𝙤𝙨 𝙚𝙧𝙤́𝙩...