Capítulo 05

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Lyon...

— E aí, o que aconteceu com a mão? Pergunta olho de vidro.

— Fratura. Respondo já me sentando na minha cama.

— Você é doido!

— Você ainda não viu nada! Digo já deitado em uma das beliches que tem ali e fico olhando pro nada pensativo.
**

São três da manhã, horário que eu uso o telefone, então sem demora pego ele que está escondido em um buraco falso no pé de uma das camas.

— Como estão as coisas aí? Digo assim que Fael atende o telefone.

— Tudo suave parceiro.

— Novidades? Pergunto.

— Então... Ele começa mais dá uma pausa antes de concluir.

— Desenrola Fael!

— Sabe quem me ligou?

— Quem?

— Michele a cirurgiã!

— A vagabunda é destemida. Digo rindo.

— Foi o que eu pensei na hora, até ela perguntar sobre você e Majú, fiquei cabreiro quando perguntei o por que do interesse e ela quis desligar.

— E qual o interesse? Não tô entendendo nada.

— Ela viu Majú! Nessa hora eu fico mudo... Meu coração tá acelerado demais para falar qualquer coisa.

— Ainda está aí Lyon?

— Estou! Onde ela está?

— Não sei ainda, ela não me disse. Mais sei que é fora do Rio.

— Trás ela de volta!

— O problema é que Michele não diz onde está por medo de você e ainda tem mais uma coisa que impossibilita.

— O quê, diz logo Fael!

— Seu filho acabou de nascer!

Essa me pegou de jeito, meus planos eram eu conseguir sair daqui para ver meu filho nascendo e porra, ele nasceu e eu não estava lá. Um bolo toma minha garganta.

— Como ele é? Ela falou?

— Ela se escondeu da Majú com medo de você aparecer, mais conseguiu se infiltrar no meio das enfermeiras e filmar o parto.

— Ela filmou? Caralho!

— Liga pra ela, vou te enviar o número dela, mais Lyon... Não assusta ela, ok? Precisamos saber onde ela está para buscarmos sua mina, só não fui ainda por que dizem que se a mulher passar por estresse durante a amamentação o leite pode secar.

— Tô ligado!

Depois de finalizarmos a chamada liguei pra Michele, foda-se que eram três e caralhada da manhã, eu queria vê meu filho.

— Alô! Ouço sua voz de sono.

— E aí Michele, quanto tempo! Digo num tom intimidador, eu sei que não deveria falar com ela nesse tom, mais eu sou Lyon, já é da minha natureza ser assim.

Ela fica muda por alguns segundos, mais depois de arranhar a garganta volta a falar.

— Lyon? Sua voz está trêmula, posso sentir.

— Eu mesmo! Em carne e osso... Vamos direto ao assunto, quero saber onde ela está e quero o tal vídeo que Fael falou!

— Lyon, eu disse pro Fael... Ela tenta falar mais nem deixo ela terminar.

— Vou te mandar o papo reto Michele... Essa parada de que uma amiga tem a filmagem colou com Fael, eu sou macaco velho, então manda a porra do vídeo logo e desembucha, onde ela está!

— Ela tah na minha cidade Lyon, já me mudei pra cá pra ficar longe de você, esqueceu que você disse que se cruzasse comigo iria me matar?

— Se eu quiser te matar, vou matar! Te caço no inferno, mais te acho! Agora diz logo porra! Ela já estava tirando minha paciência.

— Estamos em Adolfo! Ela diz e posso ouvir seu choro no fundo.

— Quem é esse viado? Tô entendendo nada.

— Adolfo é uma município de são Paulo, é interior Lyon. É pequenininha!

— O vídeo! Ordeno e não demora muito ela me envia. — Não saí da linha!

Caralho! Era ela mesma, a barriga estava enorme e ela toda pequenina, deve ter sido difícil enfrentar esses três meses sozinha. Ela tá linda!

Vejo o momento que entregam meu menino pra ela o moleque chora forte mais quando a mãe pega ele, na hora para de chorar. Estou assistindo o vídeo todo emocionado mais vejo algo que me faz tremer na base, meu ar falta, minhas mãos e pernas tremem... Tem um homem ao lado dela, acariciando sua cabeça e falando alguma coisa com ela, ele está de toca e máscara mas consigo identifica-lo na hora, mata rindo!!! Que porra ele faz ali, com ela!

Eita lasqueira, mata rindo apareceu 😱...

Complexo de Israel - Segundo ato.    Degustação Onde histórias criam vida. Descubra agora