Capítulo 18

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Lyon...

Hoje o dia vai ser foda, tenho que de alguma formar me aproximar de Renan, ele é extremamente importante pra mim e ainda tenho que convencer a Hellen de deixar a sala dela destrancada, tem o fato de pezão está me pressionando e se algo der errado, com certeza serei um cara morto.

— Orelha, chega aí. Conhece um moleque chamado sapo?

— Claro, é o moleque da 72(cela). Qual foi da parado com ele?

— Preciso dele fora daqui com a gente.

— Porra Lyon... Já são seis em fuga, com ele vai ser sete! É muita gente.

— Tem que dá certo cara! Ele precisa sair com a gente, a vida da minha mulher e do meu filho depende dele.

— Como assim Lyon? Cara, sua vida é muito complicada.

— Eu sei... Não tenho tempo de explicar, só faça amizade com ele e o coloque no nosso grupo na lavanderia hoje a noite!

Depois da minha conversa com orelha sou encaminhado para a enfermaria, ela está lá, examinando um preso que pelo jeito teve um dos dedos da mão cortado.

— Me aguarde na sala de curativos! Ela pede assim que se dá conta que estou aqui.

Fico esperando ela aparecer e não demora muito, ela coloca outra luva e já vai pegando outras coisas para o curativo do meu braço.

— Está tudo bem? Ela desvia seu olhar pra mim, tirando sua atenção das coisas que estava separando.

— Sim... Por que a pergunta?

— Sei lá, você está meio estranho hoje... Meio preocupado...

Eu entendo o que ela quer dizer, eu estou uma pilha e nem sei por onde começar a falar.

Ela começa a mexer no meu braço e acho que é o momento para eu tomar coragem e dizer logo.

— Preciso da sua ajuda! Ela me encara.

— Se estiver ao meu alcance, ajudo com prazer.

— Preciso que hoje quando você for embora, deixe a sua sala destrancada! Solto a bomba.

Ela para o que está fazendo e me encara novamente, só que com mais intensidade, ela é esperta, pescou na hora o que eu estou pedindo.

— Lyon... Ela começa mais eu continuo.

— Não me peça para te contar, só esqueça a porta destrancada, por favor. Insisto.

— Sabe que o quê está me pedindo pode me ferrar né? Sabe que se acontecer o que estou imaginando, eles vão me investigar.

— Eu sei... Mais não vão achar nada neh? Só somos médica e paciência, nada além disso.

Ela fica pensativa e sem dá uma palavra se quer termina meu curativo.

— Está liberado Daniel!

— Preciso que me dê uma resposta. Pressiono ela.

— Você está liberado Daniel! Ela diz mais uma vez e porra eu estou bolado, não sei o que esperar mais tarde.
[...]

— Como assim ela não disse se vai deixar a porra da porta destrancada? Pezão grita.

— Shuuuuu! Fala baixo porra! Ela não falou, queria que eu fizesse o que?

— Ameaçasse ela, a família dela, sei lá!

— Não vou ameaçar ninguém, principalmente ela.

— Se apaixonou? Já esqueceu da gostosinha da sua mina?

Ouvir pezão falar essa merda me remete o motivo da Majú estar longe e um dos culpado é ele, sem pensar muito dou um soco em seu rosto fazendo com que ele caia no chão.

— Nunca mais toque no nome da minha mulher, o nome dela não merece estar nessa sua boca imunda! Digo o encarando.

Ele levanta lentamente e já fico esperto esperando ele vir pra cima de mim, mas ele não vem, limpa a lateral da sua boca que está sangrando e com um sorriso sutil sai da minha cela, mas não antes de dizer:

— Que horas?

— As Duas na lavanderia! Ele não diz mais nada e saí da minha cela.

Complexo de Israel - Segundo ato.    Degustação Onde histórias criam vida. Descubra agora