Lyon...
Hoje o dia vai ser foda, tenho que de alguma formar me aproximar de Renan, ele é extremamente importante pra mim e ainda tenho que convencer a Hellen de deixar a sala dela destrancada, tem o fato de pezão está me pressionando e se algo der errado, com certeza serei um cara morto.
— Orelha, chega aí. Conhece um moleque chamado sapo?
— Claro, é o moleque da 72(cela). Qual foi da parado com ele?
— Preciso dele fora daqui com a gente.
— Porra Lyon... Já são seis em fuga, com ele vai ser sete! É muita gente.
— Tem que dá certo cara! Ele precisa sair com a gente, a vida da minha mulher e do meu filho depende dele.
— Como assim Lyon? Cara, sua vida é muito complicada.
— Eu sei... Não tenho tempo de explicar, só faça amizade com ele e o coloque no nosso grupo na lavanderia hoje a noite!
Depois da minha conversa com orelha sou encaminhado para a enfermaria, ela está lá, examinando um preso que pelo jeito teve um dos dedos da mão cortado.
— Me aguarde na sala de curativos! Ela pede assim que se dá conta que estou aqui.
Fico esperando ela aparecer e não demora muito, ela coloca outra luva e já vai pegando outras coisas para o curativo do meu braço.
— Está tudo bem? Ela desvia seu olhar pra mim, tirando sua atenção das coisas que estava separando.
— Sim... Por que a pergunta?
— Sei lá, você está meio estranho hoje... Meio preocupado...
Eu entendo o que ela quer dizer, eu estou uma pilha e nem sei por onde começar a falar.
Ela começa a mexer no meu braço e acho que é o momento para eu tomar coragem e dizer logo.
— Preciso da sua ajuda! Ela me encara.
— Se estiver ao meu alcance, ajudo com prazer.
— Preciso que hoje quando você for embora, deixe a sua sala destrancada! Solto a bomba.
Ela para o que está fazendo e me encara novamente, só que com mais intensidade, ela é esperta, pescou na hora o que eu estou pedindo.
— Lyon... Ela começa mais eu continuo.
— Não me peça para te contar, só esqueça a porta destrancada, por favor. Insisto.
— Sabe que o quê está me pedindo pode me ferrar né? Sabe que se acontecer o que estou imaginando, eles vão me investigar.
— Eu sei... Mais não vão achar nada neh? Só somos médica e paciência, nada além disso.
Ela fica pensativa e sem dá uma palavra se quer termina meu curativo.
— Está liberado Daniel!
— Preciso que me dê uma resposta. Pressiono ela.
— Você está liberado Daniel! Ela diz mais uma vez e porra eu estou bolado, não sei o que esperar mais tarde.
[...]— Como assim ela não disse se vai deixar a porra da porta destrancada? Pezão grita.
— Shuuuuu! Fala baixo porra! Ela não falou, queria que eu fizesse o que?
— Ameaçasse ela, a família dela, sei lá!
— Não vou ameaçar ninguém, principalmente ela.
— Se apaixonou? Já esqueceu da gostosinha da sua mina?
Ouvir pezão falar essa merda me remete o motivo da Majú estar longe e um dos culpado é ele, sem pensar muito dou um soco em seu rosto fazendo com que ele caia no chão.
— Nunca mais toque no nome da minha mulher, o nome dela não merece estar nessa sua boca imunda! Digo o encarando.
Ele levanta lentamente e já fico esperto esperando ele vir pra cima de mim, mas ele não vem, limpa a lateral da sua boca que está sangrando e com um sorriso sutil sai da minha cela, mas não antes de dizer:
— Que horas?
— As Duas na lavanderia! Ele não diz mais nada e saí da minha cela.
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Complexo de Israel - Segundo ato. Degustação
RomanceMaria Júlia lutou com todas as suas forças para conquistar o grande amor da sua vida e enfim ela conseguiu fisgar o coração do todo poderoso, mais depois de um mal entendido ela foge grávida deixando Lyon completamente desnorteado na prisão, seu cam...