capítulo 15

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Majú...

Os dias que Sandro ficou sem aparecer foram tranquilos, mais tudo por que ele deixou tudo organizado sem eu saber.

A equipe que me ajudava com os seios feridos estavam aqui todos os dias e já na terceira seção de laser eu já podia ver o resultado, amamentar meu pequeno já não era tão doloroso.

As compressas de água morna na barriguinha de Leon o ajudava a dormir praticamente a noite toda.

Todos os dias por volta das 11:30 alguém tocava a campainha com comida pra mim, no começo fiquei assustada com tanta atenção e preocupação mais hoje não mais.

São 6:50 da manhã e acordo com a campainha tocando, vou até a porta e dou de cara com o pessoal da padaria.

— Pediram para entregar essas coisas aqui. Um dos rapazes fala.

— Pode colocar ali na mesa. Digo rindo já sabendo quem foi que enviou tudo.

— Ele pediu para entregar a senhora isso. O rapaz me entrega um bilhete.

“Três dias longe de vocês e já estou morrendo de saudades, esteja arrumada as 19 horas, passarei aí para te buscar. Não se preocupe com Leon, a babá da minha irmã ficará com ele por algumas horas, ela é de confiança não se preocupe.
                             Att. Sandro”

Fico meio sem graça com o bilhete, sinto como se essa aproximação de Sandro estivesse indo rápido demais, ele passa um dia me ajudando, três dias longe e volta como se fossemos namorados, as vezes esse jeito dele me assusta, ele me parece um tanto dominador, sei lá.

Resolvo ir nesse encontro, ele me ajudou tanto que me sinto mal em permanecer com essa sensação ruim.

**

Por volta das 19 horas ele aparece em minha porta, com ele estava uma mulher de aproximadamente 25 anos, toda de branco.

— Nossa, você está linda! Ele me olha dos pés a cabeça.

— Obrigado, eu nem me arrumei tanto assim.

Sou apresentada a mulher que está ao lado de Sandro, o nome dela é Juliana e é a babá que vai ficar com Leon, eu o encaro sem entender, ele disse que quem ficaria com o Leon era a babá da irmã dele e pela aparência de Juliana ela não passa dos 25 anos, entendendo meu questionamento só pelo olhar ele se explica.

— Dona Jurema não pode vir, mais Juliana é a filha dela e eu confio cegamente, fica tranquila.

Droga! Não me sinto confortável quando as coisas mudam, minha vontade é de não ir, mais uma vez ele entendendo meu olhar diz:

— Não desiste de jantar comigo, por favor...

Respiro fundo e resolvo ir...

Complexo de Israel - Segundo ato.    Degustação Onde histórias criam vida. Descubra agora