Capítulo 30

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— Tú viu o que aquele filho da puta fez com ela? Pergunta Fael indignado.

— Vi! Mas essa foi a escolha dela, ela fugiu de mim sem se quer me dar a chance de me explicar. Ela deixou ele entrar na vida dela rápido demais. Ela que aceitou noivar com ele, mesmo ainda sendo casada comigo. Digo com um amargor na boca. — Minha única preocupação no memento é com o meu filho, não é saudável pra ele crescer em um ambiente em que a mãe é espancada pelo noivo.

— Você não sente mais nada por ela? Sério mesmo que aquele amor todo se foi, a ponto de não se importar com o estado que ele deixou o rosto dela? Fael questiona.

— Não é que eu não a ame mais, só acho que aprendi a lidar com a ausência dela, foi a escolha dela Fael, não vou atrás dela, só vou se a vida do meu filho estiver em perigo ou se ela me ligar pedindo ajuda. Meu número é o mesmo, se ela quiser é só me ligar!

Encerro o assunto e resolvo trabalhar, sei que ainda são 3 da manhã, mas depois da discussão que tive com Hellen, prefiro ficar por cá mesmo, não quero mais briga, pelo menos não hoje.

[...]

Daquele dia pra cá, tenho recebido várias fotos da Majú, Michele não perde nenhum detalhe, pelo que ela me contou parece que mata rindo levou ela e meu filho pra casa dele, Michele não tem muito contato com ela e as poucas vezes que se vêem é quando levam Leon no pediatra.

Saber dessas coisa fode comigo, mais ela tem que me ligar, essa decisão tem que vir dela e se até hoje ela não ligou para ninguém que a ama é por que ela de alguma forma gosta mais de estar lá do que aqui. Ela poderia ligar para as amigas dela, poderia ligar para o Kadu que é o que ela tem mais ligação, chega até ser estranho isso, mas não, ela passa o que tem que passar, mas não liga pra ninguém, só lamento!

— Amor? Amor! Me chama Hellen, me tirando de meus pensamentos.

— Oi? Respondo me levantando do sofá indo até ela que está na cozinha fazendo uma lasanha.

— Estava pensando em tentar uma vaga no postinho daqui, o que acha?

— Acho que você está legal em casa e não precisa trabalhar, te falta alguma coisa? Digo roubando uma azeitona do tempero que ela está fazendo.

— Você sabe que isso é machismo neh? Ela diz dando um tapa em minha mão. — Poxa Lyon, eu sempre trabalhei... Eu quero poder ajudar aqui na comunidade. Ela para o que está fazendo e me encara, bufo cedendo ao seu pedido.

— Ok, você venceu! Vou falar com o diretor de lá e depois te falo.

Ela fica tão feliz que larga tudo que está fazendo e pula no meu colo, enlaçando suas pernas ao redor da minha cintura e me beijando por todo rosto, gargalho com sua atitude.

Complexo de Israel - Segundo ato.    Degustação Onde histórias criam vida. Descubra agora