Capítulo 20

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Coloco meu corpo pra fora do buraco e me penduro no fio, com calma vou atravessando o espaço até o muro, assim que chego no muro faço sinal para o próximo vir, que no caso era pezão, claro!

Um a um os caras vão atravessando e quando chega a vez de passa fome o cara simplesmente surta, ele é bem branco parece um alemão e gordinho... Mas nesse momento ele se encontra completamente vermelho, suando igual um porco de tanto nervo.

Enquanto tentávamos convencer ele a vir as sirenes tocam... Eles descobriram nossa fuga, tinhas pouco tempo para sair dali e o moleque não saí do lugar.

— Bora caralho! Grita pezão pra ele.

— Pezão? Chamo a sua atenção e ele já sabia o que eu ia dizer.

— Não podemos deixa-lo aqui! Ele me responde sem ao menos eu dizer o que queria.

— Então o conversa logo, temos exatamente 5 minutos para sairmos daqui. Digo olhando no relógio.

— Bora passa fome, coragem porra!! Ele grita mais uma vez.

Com muita insistente passa fome se pendura no fio e depois de conseguir chegar ao meio do fio o doido nos olha e diz:

— Não vou conseguir! Pezão arregala os olhos e antes que ele diga alguma coisa, passa fome solta as mãos e despenca de uma altura de aproximadamente 7 metros.

— Puta que pariu! Diz sapo assustado.

— Não temos mais o que fazer, temos que chegar ao carro em dois minutos, vamos! Digo mais para o pezão que está olhando o amigo caído imóvel lá embaixo do que para os moleques ali.

Nesso momento os caras desse do muro correndo, tinha uma escada apoiada no mesmo já nos esperando estrategicamente. Eu e pezão somos os últimos a descer, ele primeiro e quando chega a minha vez olho para o meu peito e percebo várias luzinhas vermelhas, olho para a direção de onde as luzes estão vindo e já consigo observar vários atiradores.

— Vem porra! Grita pezão.

— Olha para o meu peito? Digo sem me movimentar por que a qualquer momento eles podiam atirar.

— Caralho... Grita sapo. — Os canas vão matar ele.

— Vão! Eu me viro, o carro está apagado na rua da frente. Eu não tinha o que fazer.

— Não vamos sem você! Diz olho de vidro.

— Quando eu contar até três você pula Lyon. Pezão diz.

— São mais de sete metros, eu vou morrer de qualquer jeito. Digo ainda imóvel, já escuto o barulho das sirenes de polícia chegando.

— Confia em mim e pula! Diz mais uma vez pezão e sinceramente, não sei se posso confiar nele. — Um... Dois... Três!

É nesse exato momento que ouço um tiro!

Complexo de Israel - Segundo ato.    Degustação Onde histórias criam vida. Descubra agora