Capítulo 07

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Continua...

O clima na prisão não estava nada bom, rumores de uma possível rebelião estavam cada vez mais forte, tudo porquê ultimamente as marmitas andam vindo azedas e muitos aqui dependem delas para se alimentar. Eu  por exemplo sou uns dos poucos que tenho o privilégio de ter minha comida entregue pelo aplicativo de comida, isso por que pago caro para o diretor e alguns agentes para liberar a entrada dessa comida.

Já tenho todos o livros em mãos e estou montando o mapa da construção da penitenciária, com a ajuda de Ramon descobri que essa penitenciária foi reformada e com isso boa parte das instalações do prédio antigo estão por trás dessas paredes, minha esperança é eu conseguir encontrar alguma falha na construção antiga e com isso eu consiga fugir daqui.

— Já achou algum meio de sair daqui? Pergunta pezão sentando ao meu lado no pátio.

Sem olhar pra ele e de cara fechada me limito a responder o básico.

— Ainda não! Mais estou estudando as plantas.

— Espero que não demore! O folgado diz.

— Eu também! Mais vai ficando esperto por que se quer sair daqui vai ter que trabalhar! Me levanto e saio de perto dele.
**
Estudando a planta da penitenciária, vi que se eu conseguir acesso ao terraço da penitenciária e com a ajuda dos parceiros no momento certo, posso ter noção sobre da onde chegará primeiro o socorro caso o alarme toque, vou tentar explicar melhor...

A penitenciária fica entre três ruas, conhecida popularmente como três Marias, a primeiro rua se chama Maria de Lurdes, a segunda se chama Maria Luísa e a terceira chama-se Maria Tereza. Quando estivermos em fuga o alarme com certeza tocará em algum momento e a segurança nacional será acionada e será por essas ruas que o reforço chegará, preciso saber em qual delas não chegará o reforço e as que chegarem, em quanto tempo isso acontecerá.

A parte da planta é justamente para saber como terei acesso ao terraço, só depois desse teste vou poder montar um esquema de fuga.

— Porra! Achei que seria mais fácil sair daqui, mas está levando mais tempo do que imaginei. Resmungo para orelha.

Já estou aqui a muito tempo e já perdi o nascimento do meu filho, coisa que não estava em meus planos, agora corro o risco de perder tanto ele quanto minha mulher. Isso me deixa extremamente irritado.

— Quando que começa os testes? Ele me pergunta.

— Vou falar com pezão hoje sobre o que ele tem que fazer... E aí estaremos dando nosso primeiro passo para a liberdade. Digo rindo.
**
Passei para pezão o que ele teria que fazer e basicamente seria adiantar algo que já estava para acontecer a muito tempo... Uma rebelião! Mas tudo teria que acontecer no dia certo e na hora certa, se não nada ia adiantar meu esforço.

— E como você vai ter acesso ao terraço? Pezão está curioso.

— A planta é justamente pra isso!

— Tah, até aí eu entendi... Mas como você chegará ao terraço Lyon? Ele questiona mais uma vez.

— Pela lavanderia! Ele me olha questionando. — Dez minutos antes da rebelião começar, você vai liberar os preso do trabalho lá na lavanderia já que tú é o chefe dos presos lá, eu vou entrar no culto de ventilação de lá e se tudo der certo em 7 min estrei no terraço, daí você começa a confusão toda... Explico.

Pezão conseguiu entender meu plano e agora é só esperar ele decidir o melhor dia para armar a confusão.

— Daniel? Sou chamado por um agente.

— Sou eu! Digo me levantando da cama, onde estava deitado pensando na Majú.

— Hora de ir para a enfermeira.


Complexo de Israel - Segundo ato.    Degustação Onde histórias criam vida. Descubra agora