Capítulo 13

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Lyon...

Hoje é dia de visita e cara esse é o melhor dia pra mim, vou poder vê meu irmão, já tem um tempo que não o vejo já que a próxima visita do meu advogado vai ser daqui a 6 meses, quando será minha primeira audiência mais creio que até lá eu já meti o pé daqui e Kadu costumava vir como seu assistente.

Caminho em direção ao pátio e já logo vejo ele parado próximo a uma mesa, caminho em passos longos e o abraço é inevitável.

— Que saudade irmão. Digo abraçando ele.

— Estava contando os dias cara, tento tantas novidades pra te contar. Ele diz saindo do meu abraço e me olhando de cima a baixo. — Mais primeiro me diz como você está, tô sentindo você mais magro, soube que você machucou a mão.

— Não foi nada, só um pequeno acidente e acabei fraturando a mão, mais já estou 100%. Digo minimizando o ocorrido. — Mais me diz, quais as novidades?

— Você foi promovido a titio do ano! Ele diz com um sorriso enorme no rosto.

— Caralho... E Lorena como reagiu? Ela é toda nojentinha digo rindo.

— Ah, ela quase surtou. Fez eu comprar quase os testes todo da farmácia e não satisfeita com o resultado positivo de mais de dez teste, ainda fez o de sangue. Caio na gargalhada com ele. — Mais agora está de boa.

— Poxa mano, tô felizão por você cara! Que meu sobrinho ou sobrinha venha repleto de saúde. Mais diz aí, e qual a outra surpresa? Sinto que a feição dele muda e já fico logo preocupado.

— Ela me enviou isso! Ele me estende a mão com um envelope, fico olhando o mesmo por um tempo tentando associar o “ela” com a Majú.

Pego o envelope da sua mão e quando olho dentro vejo uma foto, a foto do meu bebê... Meus olhos se enchem de lágrima, não que eu não já o conhecesse, mas foi por vídeo e de longe, não dava pra vê os detalhes. Ele era lindo, todo grandão, cabeludo, cara de mal, parecia mais comigo do que com “ela”.

— O nome dele é Leon... Desvio meu olhar para ele saindo daquele transe que me encontrava admirando a foto.

— Como você sabe, quem te deu isso? Pergunto sem entender como ele conseguiu aquilo. Eles se encontram? Como ela está? São tantas dúvidas.

— Ela me enviou uma mensagem, me pedindo desculpas por não ter se despedido de mim, disse seus motivos por alto e me enviou essa foto com essas informações que estão escritas aí atrás. Olho atrás da foto e vejo que meu garoto tem 51cm e tem mais de 3kg, grandão mesmo.

— Leon! Pronuncio seu nome. — Ela pensou em mim na hora de dar o nome a ele. Digo tentando me convencer que ela ainda me ama.

— Foi o que eu pensei, ela vai voltar irmão! O tempo trará ela de volta.

— Se ela volta por conta própria eu não sei, mais que logo logo eu vou busca-la isso pode ter certeza! Eu sei onde ela está. Confesso para Kadu.

— Como assim? Kadu fica sem entender nada.

— Lembra da Michele? Ele afirma com a cabeça. — Então, por coincidência Majú foi pra cidade que ela foi morar fugindo de mim... E teve bebê no hospital que Michele trabalha, Michele até me enviou um vídeo do parto mais não dava pra vê perfeitamente meu filho.

— Por que não mandou Fael ir atrás dela ? Ele está a eufórico.

— Primeiro por que ela está amamentando e Fael disse que estresse demais pode até secar o leite, segundo por que não será tão fácil assim, mata rindo arrumou um jeito de está muito próximo dela.

— Como assim, mata rindo? Como assim ela deixou ele se aproximar dela?

Explico com calma a Kadu tudo que sei, conto também sobre a minha filha que está próxima.

— Antes da parada acontecer, vou precisar fazer um teste e como consequência geral vai ficar  se visita por um tempo como forma de punição... Então tú já tah ligado do motivo.

Logo escuto o barulho da sirene, avisando que o horário da visita acabou, Kadu me abraça forte mais uma vez e sussurra em meu ouvido:

— Se cuida e não faça loucura! Dou um beijo em seu rosto e respondo de volta:

— Vai dar tudo certo, em breve vou estar do seu lado vendo meu sobrinho nascer... Não vi o meu nascer mais o seu eu vou vê, prometo!

Depois que Kadu foi embora um aperto ficou em meu peito, porra eu vou ser tio! Volto para a cela todo animado mais como o inimigo é sujo, minha felicidade vai embora assim que vejo pezão sentado em minha cama.

— Tem cela não? Pergunto já fazendo gestos para ele se levantar.

— Tenho e acho que é mais confortável do que essa aqui, mais vamos direto ao assunto... Vai ser amanhã! Ele diz.

— O que? Não entendo nada.

— A parada da rebelião, mané! Fica ligado, faz a sua parte do trato mais não esqueça de se proteger por que rebelião os cara ficam doido. Ele me alerta.

Os caras da minha cela ficam se entre olhando e assim que pezão sai da minha cela ele começam a mexer em todo canto da cela,  vários tipos de objetos cortantes são achados e eu acabo ficando assustado.

Dormir essa noite não foi nada fácil, enviei mensagem pro Fael explicando o que ia acontecer, caso aconteça algo comigo quero que ele pegue Majú e meu filho mais rápido possível, não vou deixar meu filho ser criado pelo louco do mata rindo.

Complexo de Israel - Segundo ato.    Degustação Onde histórias criam vida. Descubra agora