Capítulo 30

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Nem de longe parecia aquela linda cidade, o cenário estava mais para uma cidade apocalíptica, apenas com a roupa do corpo, não tinha como voltar para o hotel, o desespero era grande. A única reação de Any foi correr, correu tanto até as pernas não aguentarem mais totalmente ensopada ela entrou correndo em uma igreja que encontrou, suas pernas estavam doendo, o corpo estava exausto.

Estava vivendo o seu maior medo, estava sozinha, desamparada e sem a sua família.

Há poucos metros avistou uma igreja, com um pouco de forças que ainda lhe restava correu até a mesma.

Quando tenho medo de ficar para trás, quando o meu mundo está a enlouquecer Consegues torná-lo normal.
Quando estou perdida na chuva, nos teus olhos sei que vou encontrar a luz para iluminar meu caminho.

O vendaval estava tão forte que as portas da igreja foram arrancadas, Anahi foi arremessada próximo ao altar, ferida e caída no chão aquilo estava sendo um gatilho para Any a sensação de pânico era a mesma de quando Leandro a atacou há alguns anos atrás, fechando os olhos com força desejou que Alfonso estivesse ali, sem ele por perto ela se tornava totalmente vulnerável.

Ela se assustou quando ouviu um barulho estrondoso, e naquele momento um filme passou por sua cabeça, se lembrou de todos os momentos ao lado de sua família, dos amigos, das filhas e de Alfonso. Temeu não voltar para os braços deles, sem forças para se levantar e com um choro de dor e agonia preso na garganta, seus pensamentos estavam ligados há Poncho e chamando por ele para não deixá-la morrer.

Há como queria estar nos braços de seu amor!

Jamais em toda a sua vida imaginou que voltaria a sentir a sensação de pânico, a respiração ofegante, coração palpitando, pressão no peito e ar estava começando a faltar, a sensação de que o lugar estava ficando cada vez menor e a estava sufocando.

Quando tenho medo de ficar para trás, quando o meu mundo está a enlouquecer Consegues torná-lo normal.

Não queria morrer ali, não queria estar longe de sua família, o choro se intensificou ao se lembrar dos planos que ela e Alfonso estavam fazendo juntos.

E quando estou em baixo tu estás lá para me ajudar a levantar. Estás lá sempre para me dar tudo o que tens.

E mais uma vez chamou por ele, no fundo ela sabia que ele iria salva-la, pelos menos queria acreditar.

Se lembrou do sorriso de Mariana.

Da doçura de Manuela.

Das travessuras de Amora.

Da inocência de JP.

Dos conselhos de Maite.

Das piadas de Christian.

Dos abraços de Ethan.

Da alegria de Abby.

Da perseverança de Bruno.

De todos os momentos que passou ao lado de Alfonso.

Para um abrigo da tempestade, para um amigo para um amor que me proteja e aqueça, Eu volto para você.

Para ter força e agüentar, para a vontade de continuar, para tudo o que fazes, para tudo o que é verdade eu volto para você.

Quando perco a vontade de vencer basta chamar por você e consigo alcançar o céu novamente, posso fazer tudo, porque o teu amor é espantos, porque o teu amor inspira-me. E quando preciso de um amigo estás sempre do meu lado, a dar-me esperança a guiar-me pela noite.

Ao tentar se mexer, junto com as lágrimas vieram gritos estridente de dor, outro grande barulho ecoa Any sente um peso sobre sí, e em seguida ela perde a consciência.

Any acorda com Poncho chamando por ela, estava suada e com dor.

Poncho: meu amor, você está bem? Fiquei assustado, você estava gritando

Any: eu...tive um pesadelo

Alfonso a envolveu em seus braços.

Poncho: já passou, você está segura agora, estou aqui com você!

Para um abrigo

da tempestade

Para um amigo, para um amor que me proteja e aqueça
Eu volto pra você

Any: foi horrível - soluçando

Poncho: calma.

Any: pensei que fosse morrer, queria correr pra você mas não tinha forças

Em prantos ela se desprende dos braços dele e começa a dar murros nas pernas.

Any: Que droga!!! Porque não funcionam...

Poncho: hei meu amor

Ele acaricia os cabelos dela, aos poucos ela vai parando de bater nas pernas.

Poncho: logo você vai voltar a andar, você até já está conseguindo se apoiar

Para ter força

e aguentar para tudo o que fazes

Para tudo que é verdade eu volto para você

Para os braços que me protegeram da chuva que cai. Para a verdade que nunca mudará. Para alguém em quem me apoiar

Poncho estava com o coração partido ao ver ela sofrendo.

Poncho: vai dar tudo certo

Aos poucos ela foi se acalmando

Para um coração em quem posso confiar. Para aquele com quem posso ir ter

Para um abrigo da tempestade, para um amigo Para um amor que me proteja e aqueça ( que me aqueça e me proteja)

Poncho: vamos passar por isso juntos

Any: desculpe...

Poncho: xi...não precisa pedir desculpas, estamos juntos nessa, e tudo oque mais quero é ver a sua felicidade, fiquei com tanto medo de te perder!

Any: e eu fiquei com medo de não voltar pra você!

Poncho: mas você voltou, e eu sou muito grato por isso...porque eu te amo, você é o meu mundo - voz embargada

Any: te amo tanto...obrigado por estar sempre aqui pra mim

Poncho: sempre vou estar, mesmo quando não me quiser mais!

Any: sempre vou te querer - enxugando as lágrimas.

Eu volto para você

Para ter força

e aguentar

Para tudo que fazes

Para tudo que é verdade

Para tudo que fazes

Para tudo que é verdade

Eu volto para você!

Em Nome do Amor 2° Temporada Onde histórias criam vida. Descubra agora