Capítulo 34 - O Resgate

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(Nico)

Mirame nenita de ojos grandes (Me olhe garota de olhos grandes)

No dejes de mirarme (Não deixe de me olhar)

Que voy a enamorarme (Que vou me apaixonar)

Mirame nenita de ojos mojados (Me olhe garota de olhos molhados)

Guárdame esos ojos azules (Guarde para mim esses olhos azuis)

Ya estoy enamorado (Já estou apaixonado)


Nico

Finalmente eu havia conseguido arrecadar todo o dinheiro necessário para o resgate do meu filho. Ah, eu não aguentava mais essa angústia, sem ter uma notícia dele, sem vê-lo, sem ouvir sua voz, sem saber se estava bem, se estavam maltratando-o. Eu nunca imaginei que algo assim pudesse acontecer com meu filho, e quem pode ter feito isso com ele e por quê? O Cris sempre foi um bom menino e uma criança tão alegre e comunicativa, ah, isso não faz sentido pra mim, e eu nem era rico ou algo do tipo.

Malvina insistiu muito para ir comigo, porém, eu achei que não seria uma boa ideia, pois poderia ser perigoso, tendo em vista que eu iria me encontrar com criminosos, e sem falar que Malvina nem era a mãe do Cris, não teria o porquê ela ir.


                                                                               (...)


Cheguei no local no horário combinado, por volta de 20h, eu estava tão nervoso e ao mesmo tempo, ansioso para ver o meu filho, queria muito poder abraçá-lo e beijá-lo. Porém, assim que cheguei no local, olhei pelo retrovisor, e avistei um táxi atrás de mim, e de repente, avistei Malvina, que desceu do veículo.

- O que ela está fazendo aqui? - Me perguntei. - Não acredito que ela me seguiu.

Sai do meu carro e fui até Malvina. Questionei a morena sobre o fato de ter me seguido e ela alegou que não queria que eu fosse sozinho e que queria ir comigo, e então, eu pedi que pelo menos, ela ficasse escondida para os sequestradores não a verem e assim ela fez.

Pouco depois, um carro preto parou no local, e do veículo saíram dois homens encapuzados, era impossível ver seus rostos. E meu filho estava com um deles, porém estava vendado.

- Filho! - Gritei.

- Papai!

O homem que estava com o Cris ficou com o meu filho próximo ao carro, e o outro veio em minha direção.

- Trouxe o dinheiro? - Ele perguntou.

Peguei a mala que estava em meu carro, e entreguei para o homem, que pegou e abriu para ver se eu não estava enganando-o.

- Agora me dá o meu filho. - Falei com sangue nos olhos.

Eu estava furioso, e prestes a partir pra cima do homem a qualquer minuto. O infeliz do sequestrador riu e olhou para o outro, que estava com o meu filho, do outro lado da rua.

- Mudança de planos. - Falou o que estava em minha frente.

- O quê? - Perguntei sem entender.

O homem que estava com o Cris, fez menção em sair, e nisso eu parti pra cima do que estava a minha frente. Como assim "mudança de planos"? Eu fiz a minha parte, entreguei o valor combinado e agora eles não iriam devolver meu filho? Ah não mesmo!

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