universo do amor

capítulo 8

Nat: Então, papai, você sabia que elas tinham no caso?

Noah: Sim, sabia, minha filha.
Nat: Por que então o senhor não me contou? Eu tinha direito de saber a verdade. O que vocês, por que esconderam isso de mim?

Noah: eu sei, princesa, que você tinha o direito de saber, mas não era eu que tinha que falar para você, e sim a Laurel que tinha que te contar. Ela só estava esperando o momento certo para fazer isso.

Noah: Filha, eu não posso falar por elas, mas posso te garantir que sua mãe não me traiu, como você está pensando. Ela e a Laurel não fariam isso, nunca foram do perfil delas.

Nat: Se ela não te traiu, como ela se envolveu então?

Noah: essa história é muito longa, minha filha, mas eu vou te contar o que acabei de contar. O resto da história quem tem que te contar é a sua mãe, Laurel.

Noah: quando conheci sua mãe, ela já estava separada da Laurel. Ela sofria muito com essa separação, eu fui me aproximando dela, tornando-me amigo dela. Ela foi desabafando comigo, contando toda a história dela com a Laurel, mas,
Com o tempo, eu fui me apaixonando por ela.

Noah: foi então que eu, um dia, tomei coragem e me abri com ela, me declarei pedindo uma chance a ela, que eu faria ela esquecer a pessoa de quem ela tanto falava. No início, ela não quis, mas depois acabou cedendo.

Noah: eu estava determinado a fazer ela esquecer a Laurel. Nosso início de relação estava indo bem, foi então que eu decidi apresentá-la aos meus pais. Eles logo de cara gostaram dela, era impossível não gostar dela.

Noah: o tempo foi passando e a nossa relação só se fortalecia, mas, mesmo assim, eu via que ela estava fazendo um esforço enorme, mas ela ainda não tinha esquecido quem ela tanto amava.

Noah: Com o passar do tempo, eles começaram a me cobrar para pedir ela em casamento. Assim eu fiz, eu estava muito apaixonado. Então, acabei fazendo o pedido e ela acabou aceitando. Então, nos casamos. Logo depois, ela engravidou de você.

Noah: quando nos casamos, eu achei que ela estava feliz, mas me enganei. Fui vivendo e percebi que ela não tinha aquele mesmo brilho no olho que eu tinha quando estava ao seu lado. E fui vendo que ela não estava feliz. Quando ela estava para completar o quinto mês de gravidez, decidi conversar com ela.

Noah: eu pedi o divórcio para ela, por mais que estava doendo fazer isso, para mim importava a felicidade dela, seja ela estando comigo ou não. Eu vi que não era comigo com quem ela queria estar, estava sendo muito egoísta tendo ela do meu lado sem me amar e isso estava machucando não só ela, mas a mim também, e assim eu fiz.

Nat: se ela amava tanto a minha mãe, Laurel, por que elas se separaram então?

Noah: isso só sua mãe pode falar, mas me permite te falar uma coisa: nunca ninguém nessa vida amou tanto sua mãe como a Laurel amou e vice-versa. O amor delas é lindo de se ver.

Nat: então eu vou falar com ela, pedir desculpa também pelo que eu disse.
Noah: Faz isso, minha filha, só a Laurel pode te falar.

Nat: tudo bem, então vou falar com ela assim que eu chegar lá.
Noah: Certo, querida, só mais uma coisa, você está proibida de ir na casa dos seus avós, por tempo indeterminado. Já comuniquei a eles sobre essa decisão. Sua avó não tinha que ter te contado, não é hora ainda de você saber, mas pode ir, filha, arrumar suas coisas!

Nat: Ok, então vou lá arrumar minhas coisas. Tchau, beijo, papai.

Casa da Laurel

Nat: Boa tarde, Germânia; cumprimento a governanta da minha mãe assim que entro em sua casa e ela responde.

Ger: boa tarde! Menina Nati, como está?
Nat: Estou bem, e você? Aonde está minha mãe? Preciso falar com ela.

Ger: estou bem também, ela está no escritório dela pois não foi trabalhar na empresa, hoje trabalhou em casa.

Nat: Ah, sim, obrigada, vou falar com ela agora; me despeço da Germânia e vou até o escritório da minha mãe, bato na porta e ela diz para mim entrar. Assim que entro, percebo que ela havia chorado, pois seus olhos estavam vermelhos.

Nat: Mãe, podemos conversar?
Laur: sim, meu amor.
Nat: Mas, primeiro, quero te pedir desculpa pelas coisas que eu te falei, né? Aquele dia eu estava nervosa, com raiva pelo que eu tinha acabado de saber. Eu disse aquilo na hora da raiva, me perdoa?

Laur: tudo bem, filha, eu sei que foi na hora da raiva.
Nat: Mas, mãe, agora me conta a verdade para eu poder entender tudo isso?!
Laur: Sim, querido, eu vou te contar tudo que você queria saber.

Laurel: Quando eu era mais nova, eu conheci sua mãe, seus avós. Antes de abrir os restaurantes, eles trabalharam para os meus pais. A dona Marina, como cozinheira, e o César, que ele administrava tudo lá em casa, contratava, pagava as contas, etc. Eles moravam lá em casa para facilitar mais as coisas na casa.
Empregados.

Laur: eu e sua mãe no começo não nos dávamos bem, era mais por minha causa, já que eu era muito mesquinha, orgulhosa e soberba. Sempre que tinha oportunidade, eu discutia e humilhava ela.

Laur: e sua mãe não te deixava por menos, sempre rebatia as minhas humilhações e provocações, mas também sempre rolava no meio das nossas discussões aquele clima de tensão sexual.

Laur: foi numa dessas discussões que a gente sempre tinha, acabou rolando nosso primeiro beijo. Com o tempo, as coisas continuavam do mesmo jeito, a gente começava brigando e terminava se beijando, eu não dava o braço a torcer, tinha muito orgulho e admitia que estava tendo um sentimento por ela, sua mãe. Sua mãe também não deixava por se vencer, não baixava a cabeça e sempre rebatia.

Laur: até que um dia que estava muito frio, eu estava lá perto da piscina pensando em tudo que vinha acontecendo entre mim e ela, até que ela chegou e, para variar, começou a brigar de novo. Acabamos nos beijando. Ao terminar o beijo, começamos a discutir e eu acabei derrubando ela na piscina e saí de lá. Deixei ela dois dias depois, fiquei sabendo que ela tinha ficado doente. Fiquei muito preocupada, eu fui cuidar dela, mesmo ela brava comigo no início, ela acabou aceitando a minha ajuda e eu cuidei dela.

Laur: Fiquei cuidando dela até ela ficar boa, e nesse tempo a gente se aproximou muito e começamos a nos entender. Passado um tempo, meu aniversário chegou, ela me deu uma caixinha de música pelo meu aniversário, e também uma forma de agradecimento por ter cuidado dela quando estava doente. Foi ali naquele momento que eu percebi que estava me apaixonando por ela, nunca amei outra pessoa como eu amei, ela foi o amor da minha vida e vice-versa.