Da guerra à paz - Como Treinar O Seu Dragão

Capítulo 11

Qual a melhor forma de encontrar ilhas habitadas por dragões depois de perder a única que tinha achado depois de semanas? Se espalhar pelos quatro cantos do mundo, um caçador em cada barco indo para uma direção. Esse é o plano de Astrid. Seus caçadores tentaram adiar isso por semanas e queriam mais uma para que pudessem comemorar o vigésimo aniversário da maior caçadora.

— Como vamos segurar isso por mais tempo? Enrolamos estudando os mapas por semanas — Melequento disse — Ela quer sangue de dragões e se ela não conseguir isso, vai querer o nosso por enrolar tanto.

— Enrolar o quê, Melequento? — Astrid apareceu na porta da casa dos gêmeos, onde estava acontecendo a reunião secreta.

— Enrolar? Não estamos enrolando nada, minha querida.

— Eu sei o que estão fazendo — Astrid afirma entrando e se sentando ao lado de Cabeça quente.

— Se sabe, então para que escondemos? — Cabeça dura pergunta e recebe um soco no ombro da irmã.

— Não podemos descansar, não devemos fazer isso nem no aniversário de sua líder. Temos que caçar dragões e encontrar um Fúria da noite.

Melequento ia abrir a boca para falar sobre o dragão do Cavaleiro mas recebeu uma cara feia da Cabeça quente.

— Ao menos no seu aniversário, Astrid, descanse. Estamos navegando por essas águas a semanas e não encontramos nada. Merecemos um descanso, você merece. Vá em Berk ver seus pais, comer uma galinha com eles. Nós vamos continuar buscando.

Astrid sorriu para sua amiga e recebeu um abraço, agradeceu e se levantou. Irá em Berk passar um tempo com seus pais, faz meses que os viu e quando esteve na vila para falar com os Ingerman não teve oportunidade e não seria uma má ideia passar seu aniversário com eles. Mas não vai, vai ficar aqui estudando mais mapas enquanto Melequento e os gêmeos navegam para investigar as ilhas. O que poderia dar errado?

Outra pessoa que se lembra que o aniversário de Astrid está chegando é Soluço. Ele se lembra de quando ela fez treze anos e ele desastrosamente tentou dar um presente à ela, não conseguiu. No meio dos afazeres que ele tentava fazer, Bocão viu o pacote no chão e achou que fosse para aumentar o fogo. Perna de peixe também se lembra mas preferiu não comentar com o amigo pois se lembrou que eles são inimigos da loira agora. Mas Soluço pretende fazer uma surpresa. Passou o dia de ontem reunindo granito, arenito e minério de ferro para fazer mais ferro de Gronkel. Tinha uma quantidade pronta, mas não o suficiente que ele precisava, além de fazer mais quantidade para guardar, vai fazer um presente. 
Perna de Peixe saiu de casa encontrando Soluço com Batatão.

— Pedaço de minério de ferro? Está fazendo mais ferro de Gronkel?

— Preciso fazer uma arma por encomenda e é bom fazer mais quantidade para ficar guardado.

— Não é perigoso você vender armas feitas do nosso ferro? — Perna de Peixe pergunta preocupado.

Soluço pensou por um instante e respondeu que os dragões sabem se defender contra o ferro de Gronkel e desviou o assunto para esconder que quer fazer um machado para dar de presente à sua inimiga preferida. Não que seus inimigos estivessem numa escala de favoritos, longe disso, mas ele adora a forma que ela maneja um machado. Além disso, está devendo um à ela já que na vez que se encontraram na ilha dos Fumaças fumegantes, seu machado foi levado pelos dragões. O aniversário é amanhã e vai passar o dia fabricando a arma enquanto pensa num plano para distrair Perna de Peixe e numa forma de ir na ilha dos caçadores Berkianos sem ser visto. Ele quer dar o presente pessoalmente, mas se não funcionar precisa dar um jeito de entregar sem ser pego ou que alguém o pegue.