Capítulo 6

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Quando chegaram em Berk, Astrid foi roubada pelas mãos de Stoico logo que pisou no porto. Foi levada até o Grande salão. O líder não quer mais adiar o treinamento da Hofferson. Quanto mais cedo começarem, mais rápido terminarão, é o que diz Bocão dando voltas no salão. É uma pressão enorme e sua cabeça pensa em várias coisas, até em Soluço. Será que o treinamento para ser líder foi um dos motivos para o Haddock deixar sua vida na ilha? Ou só o fato de ser um espinha de peixe já era uma carga grande? Pensou em diversas frases para fugir dos seminários curtos mas nenhuma funcionaria. Sua cabeça ficou perdida quando Stoico jogou o livro de políticas na mesa e começou a citar. O ápice foi quando o Imenso disse que suas caças contras dragões acabariam porque não teria tempo.

— Eu sei onde tem um Fúria da noite e tenho que ir atrás dele... — soltou. Bateu as mãos na mesa se levantando da cadeira, surpreendendo os dois amigos vikings.

 — Um Fúria da noite? — Stoico repetiu surpreso — Como sabe onde tem um?

— Eu vi — engoliu em seco — Íamos para o oeste quando vi... Ele atravessar o céu.

Se sentou desacreditada do que soltara na mesa. Que tipo de perigo aguarda Soluço se os Berkianos resolverem confidenciar essa informação de outros caçadores e caçar o exótico animal?

— Eu quero caçá-lo — disse antes que se pronunciassem — Eu vou partir com quatro vikings e... Só volto com o dragão.

— Sabe o que está dizendo, querida? — Stoico se sentou a sua frente e pegou a mão da loira, acariciando — Está assinando uma possível jornada sem retorno — levou o dedo indicador ao queixo da loira e levantou seu rosto para olhar em seus olhos. Ela é como uma filha para ele.

— Eu sei. Mas sei que voltarei para fazer o treinamento e ser a líder que o senhor escolheu.

— E quem são os vikings que você vai levar? — Bocão questionou curioso.

Na academia, atentando um Zíper arrepiante, Cabeça dura e Cabeça quente riem como loucos. Estão segurando baldes de água para jogar na cabeça que solta faíscas.
Na oficina, Perna de peixe afia uma faca para conseguir cortar sua pera em fatias e comer.
Em casa, lutando, ou tentando lutar, contra um saco de pancadas, Melequento. Ele ri vitorioso ao socar com força, nem sentiu quando o saco pesado voltou contra ele e o jogou no chão, lhe arrancando um dente.
Bocão olhou de boca aberta para as escolhas de Astrid. São questionáveis. Mas a loira é inteligente e quem poderá ir contra a mais temida caçadora de dragões? Embarcaram no barco a vela, com suplementos e armas. Stoico, no porto, acena dando tchau. Ela está embarcando na maior jornada de sua vida, pensou ele.

— Agora me diz, que missão é essa? Para precisar dos melhores Thorston? — Cabeça dura diz com o dedo no ouvido.

— Vamos caçar dragões — Astrid diz abrindo um mapa — Kenny tem uma ilha com várias jaulas. Da última vez que estive lá, estavam vazias. Mas ele deve tê-las enchido. Primeiro vamos até ele.

— Oba, a diversão vai começar. Iremos invadir a ilha?

— Vamos entrar escondidos.

— Eeeh, entrar rastejando como enguias.

— Vamos até os dragões...

— Uh, como fizemos mês passado. Vamos atacar — socou a mão direita na palma esquerda.

— Vamos soltar...

— Vamos soltar — gritou dando um pulo — Espera aí, o quê?

— Vamos soltar os animais, isso vai atrasar o Kenny e poderemos seguir a direção que eles voarem e pegá-los para nós.

Da guerra à paz - Como Treinar O Seu DragãoOnde histórias criam vida. Descubra agora