Capítulo 23

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Onde estaria o Cavaleiro de dragões? Aquele que ficou de cara com a morte tantas vezes durante esses cincos anos e mesmo assim saia com vida. Será que apenas uma queda do céu direto no mar faria Soluço entrar em Valhalla? Não, o Cavaleiro desafiava a morte e sempre ganhava. Quando caiu na água, desacordado, foi pego por um Escalderível e levado para a parte de trás da ilha. Isso demorou um tempo, que pareceu eternidade para seus amigos Berkianos.
Quem andava por aquela parte da ilha sozinha e deixando as lágrimas molharem seu rosto era Astrid. Os vikings se dividiram para tentar achar ao menos os corpos do vilão e do herói. Astrid se sentou embaixo de uma árvore e deixou as lágrimas rolarem silenciosamente. Seu coração está partido mais uma vez e pela mesma pessoa. Seu coração se convence de que não vai deixar de amar Soluço mesmo com ele morto. Amou ele durante esses anos que ele estava vivo e se apaixonou de novo quando viu aqueles olhos verdes vivo.
 Soluço está deitado na grama desacordado. O dragão aquático está esperando ele acordar. Um Terror Terrível se aproximou e lambeu o rosto dele. Outros dragões se aproximaram para ver o Cavaleiro desacordado. Eles grunhiam baixo para não chamar atenção de ninguém caso tivesse alguém passando por ali. O Terror Terrível teve uma ideia e pulou no peito do Soluço. Uma, duas e três. Soluço acordou e tossiu colocando para fora a água que entrou no seu pulmão. Ele olhou para sua família de dragões, todos eles reunidos a sua volta, e sorriu. Se levantou com cuidado, quase perdendo o equilíbrio, teve que se apoiar no Gronkel. O Terror Terrível começou a cantar feliz por seu protetor está vivo e foi acompanhado pelos outros alados. Isso chamou a atenção da loira que se levantou e andou curiosa até o barulho. Seus olhos se iluminaram ao encontrar Soluço com a mão no peito e a outra no Gronkel para conseguir andar. Mais algumas lágrimas escorreram e correu até ele o derrubando no chão. Soluço gemeu por conta da dor. Astrid se levantou e antes que o ruivo pudesse levantar. Ela pisou na barriga dele com o joelho e segurou os ombros para sacudir. Sentiu a raiva por ele ter se passado de morto de novo a possuir.

— Se você fizer isso de novo — disse com os olhos vermelhos — Eu juro por todos os deuses...

Soluço suspirou e riu. Ele teve a audácia de rir na cara da sua amada mesmo vendo seus olhos azuis vermelhos por causa do choro A raiva de Astrid poderia ter aumentado pela ousadia dele mas o sentimento se dissipou porque isso significa que ele está bem.

— Me considere avisado, querida.

Ele respondeu e com esforço se colocou em cima dela roubando um beijo apaixonado.
Eles se levantaram e foram caminhando devagar até onde os outros vikings estão. Quem foi o primeiro a perceber a presença do Cavaleiro foi Banguela, que sentiu o cheiro. O Fúria da noite estava deitado melancólico sendo acariciado por Stoico. Quando avistou o amigo, Banguela urrou e correu até ele se jogando em cima dele para poder lambê-lo mostrando sua satisfação de ver ele vivo. Os vikings pouco a pouco foram se aglomerando em volta do Cavaleiro e seu dragão. O coração de Stoico acalmou as batidas ao ver o filho se levantar com cuidado. Olhou para cada parte dele e conferiu se estava todos os membros ali, braços, pernas, mãos. Está tudo no lugar.

— Meu filho, você está vivo. Graças a Thor você não morreu.

— Acredite, pai, não foi por falta de esforço.

Soluço sorriu envergonhado ao perceber que chamou seu pai de pai. Stoico o abraçou mais forte do que antes. Realmente o Cavaleiro não morreu graças ao deuses porque durante todos esses anos ele se meteu em diversos perigos e brigas e não morreu porque não era a sua hora.

— Uma pergunta — Melequento interrompeu a comemoração — E agora? O que você vai fazer, Soluço?

— A respeito de quê? — questionou para poder entender a pergunta.

— Vai viver longe de  todo mundo ou voltar para Berk?

O silêncio reinou por alguns segundos. Soluço olhou para seus amigos, pai, Astrid e os vikings.

— Nós vimos o que os dragões podem fazer por nos — o senhor Hofferson quebrou o silêncio.

— Seria uma maravilha ter eles conosco em Berk — Bocão continuou já pensando em como seria bom ter um dragão na ferraria para ajudá-lo.

Os cochichos concordando com os dois homens surgiram.

— E poderia tomar seu lugar como filho do chefe de Berk — Astrid se aproximou do Soluço tocando seu ombro.

Voltar a ser filho do chefe? Meses atrás jamais concordaria em voltar para aquela ilha e tomar seu direito como filho do chefe. Mas agora, depois de tudo que passou, ver a aliança que dragões e Berk fizeram o faz pensar diferente. Outra coisa veio a sua mente: Astrid era até então a escolhida para ser a próxima chefe de Berk. Soluço não quer tirar da loira essa honra que ela recebeu e só tem uma forma de fazer isso.

— Eu aceito voltar para Berk com uma condição — pegou a mão de Astrid e se ajoelhou. Todo mundo fez silêncio para que pudessem ouvir o que o Cavaleiro diria — Aceita chefiar Berk ao meu lado?

Isso não foi um pedido de casamento, não, foi um pedido de lealdade, fidelidade, um pedido de namoro. Astrid deixou um grande sorriso nascer no seu rosto. Se ajoelhou para ficar da altura dele e o beijou para aceitar o pedido. Os gêmeos e Melequento comemoraram com pulose palmas. Perna de Peixe gritou um eu sabia e começou a choramingar por ter estado certo esse tempo todo.
O casal se levantou e foram abraçados por seus pais.

— Então vamos começar a nos preparar para voltar para casa — Stoico anunciou — Todos nos, vikings e dragões.

Passaram a tarde arrumando o que era essencial para levar embora. Soluço usou os barcos que estavam ancorados na sua ilha para levar as coisas já que os vikings iriam voando nos dragões. E os soldados do falecido Kenny? Os vivos foram deixados amarrados em um barco a deriva no mar.
Quando alçaram voo em direção a Berk, passaram por algumas ilhas e os dragões em terra vendo seus companheiros irem voando com o Cavaleiro alçaram voo para irem atrás. Quando Soluço viu aquilo, bateu na testa por perceber que começou uma enorme migração de dragões. Ele torce para que caiba todos eles em Berk. Astrid voava ao seu lado em uma Nadder Mortal. Melequento em um Pesadelo Monstruoso que se incendiava o queimando toda vez que o viking tentava impor uma ordem. Cabeça quente e seu irmão faziam o Ziper Arrepiante fazer explosões pelo céu e achavam graça. Perna de Peixe voava alegremente em Batatão conversando com seus pais que voavam em um Machadrago. Soluço olhou para os lados vendo vikings se divertindo por está tocando nas nuvens. O próximo passo do Cavaleiro de dragões é apresentra seus amigos alados ao restante de Berk. Mas isso não será um grande problema já que agora ele tem vários aliados, inclusive seu pai. Uma nova fase vai começar na vida do Cavaleiro, um novo capítulo vai ser escrito na sua jornada. Dragões e vikings unidos até a morte.

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Esse é o último capítulo Da Guerra à Paz. Postei agora a noite para ver quem estaria online para surtar KAKAKAKK

 O que acharam da fanfic? A fanfic O Lago dos Cisnes — Como Treinar Seu dragão já está postada. Deem uma olhada.

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Espero que tenham gostado e que eu tenha cativado alguma admiração ♥♥♥

@LayHyungMin

Da guerra à paz - Como Treinar O Seu DragãoOnde histórias criam vida. Descubra agora