Da guerra à paz - Como Treinar O Seu Dragão

Capítulo Especial

Há dez dias Soluço chegou em Berk. Todos se assustaram com as centenas de dragões que pousaram no centro de Berk e vikings descendo deles, incluindo Stoico. Soluço desceu do Banguela e disse para todos se acalmarem porque os dragões vieram em paz.

— Mas que porra tá acontecendo? 

Um viking perguntou. Stoico teve toda a paciência de apresentar o Cavaleiro de dragões como seu filho. Claro, muitos acharam que o chefe havia ficado louco. Mas conversando por horas com todos contando os detalhes da batalha, alguns arriscaram se aproximar dos dragões para confirmarem se eram dóceis. Gothi surgiu no meio da multidão e se aproximou com um Terror Terrível no ombro. Astrid sorriu reconhecendo aquele dragãozinho como o que ficou aqui para entregar cartas. Ela chegou mais perto do Soluço e o puxou com o cajado para se ajoelhar. Encostou o cajado no ombro de cada lado do jovem o reconhecendo como herdeiro de Berk novamente. Todos batem palmas por ter seu herdeiro de volta em casa. Anoiteceu e Soluço ficou cheio de pessoas o perguntando sobre sua aventuras e sua batalha ao lado do pai e dragões.

— Ele se jogou do céu no mar — Cabeça dura contava.

— Achávamos que ele estava morto até ele aparecer vivo — Quente continuava.

As crianças de Berk brincavam com Batatão e alguns dragões pequenos. Até Banguela ficou sem paciência pelas crianças o puxando pelas orelhas para brincar. Soluço bebia sorrindo vitorioso por finalmente ter conquistado todos. Algumas vikings jovens, algumas até mais novas que Astrid, o cantavam e apertavam seus braços dizendo como ele está forte e robusto e lindo com esse cabelo espetado. Astrid empurrou uma ruiva com a cintura e se sentou ao lado do Cavaleiro recebendo um beijo na testa.

— Ah, sacanagem. Além de ter sido escolhida para chefiar Berk agora é a mulher do herdeiro?

Uma morena de cabelos negros disse descontente e se afastou acompanhada as amigas que deram uma piscadela.

— Quantos anos será que ela tem?

Astrid o cutucou com o cotovelo se sentindo enciumada. Soluço riu e pegou a mão por debaixo da mesa para lhe assegurar do amor que ele sente. A loira deu um grande sorriso e repousou o rosto no ombro dele bebendo a bebida do copo dele. Vinho que o Cavaleiro trouxe da sua ilha. Todos adoraram então trouxe o que tinha para Berk. Um dia desses vai ensinar os homens a cultivarem uvas para fazer a bebida.

Décimo primeiro dia do Soluço de volta a Berk como filho do chefe. Se sentou em sua cama coçando a nuca e olhando para todos os cantos do seu quarto. Mal se lembra da última vez que esteve aqui com quinze anos. Ele nunca pensou que voltaria para cá e dormiria de novo no seu quarto. Desceu para tomar café e não encontrou o pai. Abriu a porta o encontrando voando em um Tambor Trovão e rindo pela adrenalina. Pegou um pão na mesa e comeu andando pela tribo vendo o que conquistou. Isso graças à Astrid que simplesmente queria sequestrar Banguela e vender. Falando nela, a viu ensinando uma criança a montar na sua Nadder Mortal chamada Tempestade. Soluço resolveu ir caminhar pela floresta e reencontrar a enseada que Banguela ficou preso anos atrás por não conseguir voar. Banguela estava escondido nas árvores na floresta fugindo das crianças que o achavam uma fofura. Ao ver o Cavaleiro, desceu e correu atrás dele chamando sua atenção. O ruivo montou e voaram pelo céu como um só, o que não fazia a um tempo por conta de estar cheios de afazeres. Voavam até acima das nuvens e despencavam a toda velocidade até se aproximar do mar  e planavam. Soluço encontrou alguns dos seus dragões voando por ali. Agora ele estão habitando Berk. Ver eles unidos aos vikings é uma grande conquista. 
Depois de um tempo voando, voltaram para Berk. Astrid descia a escadaria do Grande Salão quando os viu indo para a floresta. Tomou o caminho para os encontrar. No trajeto encontrou Banguela correndo para a vila. Encontrou Soluço com as mãos no joelho tomando fôlego. Deve ter sido alguma brincadeira deles e agora um está correndo atrás do outro.