Capítulo 5

1.3K 103 29
                                    

Em sua ilha, depois que resgatou aqueles dragões presos em Berk, Soluço cuidou e treinou eles. Está dando peixes para eles pensando em quantos dragões devem ter ficado ainda e quantos outros estão capturados e explorados pelo mundo. Graças a Thor, Banguela está bem e Kenny não fez nada a ele. Foi para casa pensando em quando reencontraria a loira ou quando poderia ver seu pai novamente. Riu ao lembrar de Melequento o ameaçando. Astrid casar com um caçador? Seria loucura se ela não fosse caçadora. Loucura maior ainda foi Soluço pensar que ela ficaria com ele. Depois do que fez em Berk? Qual a chance de se verem novamente? Talvez altas.

Motivada pela sede que a caça dá, Astrid está navegando acompanhada de Perna de peixe e Melequento, indo para o mercado do oeste onde viu Biruta com o Cavaleiro. Aquele anão albino poderia lhe dar muitas informações sobre dragões. Vai dar à ele o que viu o ruivo dar, comida. Esticou seu braço direito, forçando o esquerdo no cotovelo para fazer um estalo, está cansada de remar.

— Qual é, Astrid? Sabe o quão longe fica o mercado do oeste? — o Jorgenson resmungou jogando o remo de lado, que por acaso caiu na água.

— Mas é lá que vamos conseguir o que queremos. Dragões.

— Vamos pegar dragões no mercado? Pensei que éramos nós que dávamos eles para os mercados — Perna de peixe disse, usando o remo de Astrid para pegar o que caiu no mar.

Em sua cabeça, pensou no tanto que seria prático se o dragão que a levou para Berk os levasse para a ilha. No segundo seguinte, praguejou sua mente. Sacudiu a cabeça de um lado para o outro, desfazendo o coque que fez por conta do calor no pescoço. Estão há horas no sol em meio ao mar. Já estão pensando que estão perdidos.

— Ei, loirinha, balançou a cabeça por que? Espantando pensamentos sobre mim? — Melequento se debruçou sobre o joelho esquerdo — Não precisa evitar, minha deusa — fez biquinho que foi desfeito quando acertado pelo remo.

Astrid se levantou pegando a luneta. Uma invenção de Perna de peixe para observarem os dragões quando os caçam. Olhou para os quanto cantos procurando uma referência para onde ir. Para sua sorte, ou azar, viu nas nuvens um dragão. Fúria da noite. Engoliu em seco ao se lembrar de quem estaria montado. Mandou os vikings inçarem a vela. O vento está soprando para oeste, direção que o Cavaleiro está indo. 
Quando chegaram, Astrid pegou o dinheiro com o viking loiro e foi para as barracas comprar o que precisaria para subornar Biruta. Comprou frutas e saco de arroz. Espera que isso seja suficiente para obter o que quer, saber onde encontrar ótimos dragões. Avisou ao Perna de peixe que desceria até a praia atrás de informações. Não contou para ele sobre sabe onde achar o anão, contou para ninguém. Desceu a escada de pedras na montanha e foi até onde se lembrava ser a porta. Há apenas um buraco. A toca está vazia. Como? Onde ele está? Astrid pensa e repensa. Está exatamente no mesmo lugar que encontrou Biruta com Soluço e ali há somente a casa improvisada vazia. Tola, se chamou assim. Achou mesmo que o maluco estaria no mesmo lugar depois de ser encontrado. Ah, se Soluço soubesse que ela cometeu esse deslize, a zombaria por meses.
Enquanto essa cena acontecia, nas barracas, Perna de peixe e Melequento exploram os produtos. O Jorgenson fica encantado pelas espadas. Até cogita a ideia de comprar uma.

— Não aconselharia a comprar essas espadas. Numa luta de verdade perderia rapidamente.

Soluço se pronuncia com sua honra e glória, se exibindo. Mas claro, Melequento o conhece apenas o caçador que apareceu em Berk e estava com Astrid na floresta.

— Ahn, está achando que é quem? Querendo dar uma de sabichão comigo? — ele se vira reconhecendo ser o caçador de dias atrás — Você? De novo? O que quer? Astrid não está aqui e não adianta comprar presentes para minha noiva, nada se iguala a coragem e poder dela.

Da guerra à paz - Como Treinar O Seu DragãoOnde histórias criam vida. Descubra agora