— Que bom que retornaste Meu Senhor. — Disse um homem de aparência peculiar que usava um monóculo.
— Cheguei a tempo?
— Sim Senhor Gael. O exército ainda não avançou sob o feudo de Arandella, e estão esperando suas ordens para começar.
Gael parou olhando a todos que se reuniam ali, pensativo, de como falaria o que estava em sua cabeça.
— Então eu darei as ordens para cessarem este ataque. — Disse de forma clara e sem trejeitos, pois sabia que o melhor era simplesmente se impor.
— Cessar ataque Meu Senhor? — Questionou o homem quase engasgando com aquilo. Ele estava pálido, sem acreditar no que ouvia.
— Sim, eu preciso encontrar e proteger uma pessoa do feudo. Preciso de tempo para trazê-la para cá.
— Uma pessoa? Uma pessoa humana?
— Sim, aquela que me ajudou. O nome é Aurora. Eu quero devolver a ela o favor.
— Mas onde ela está agora?
— Está na fronteira do feudo me esperando. Preciso parar as tropas para e pegá-la... e pretendo fazer os humanos se rederem à mim. Não quero mais essa chacina. — Falou Gael resoluto.
Ele havia voado por horas em alta velocidade para poder parar suas tropas antes que toda a situação se tornasse inevitável. Queria devolver a bondade da garota salvando pelo menos seus familiares, e ficava contente com aquele ato.
Ele, o filho bastardo do Rei dos Dragões, não aguentava mais aquelas guerras, e por isso tinha se voltada contra seu progenitor. para ele, que também era filho de humanos, toda aquela situação parecia insustentável e poderia ser resolvida de outra forma.
Mas ele sabia que a situação poderia sair de seu controle, pois muitos generais guardavam rancores dos humanos, e por isso contê-los era uma tarefa árduo. Talvez eles não ouvissem sua ordem, contudo, mesmo sabendo dos riscos, ele queria tentar mudar a história.
Gael também trazia em seu corpo e alma cicatrizes feitas pelos humanos que nunca se fechariam, mas para ele, isso não significava que apagar a existência dos homens resolveria tudo. Pelo menos era assim que pensava. Os homens que tinham o machucado, já tinham deixado de existir na Terra, e aqueles com quem ele lutava agora, eram os descendentes que apenas herdaram o passado sombrio.
Claro que de início, Gael pensava que a guerra era uma solução para a situação de seu povo. Cada vez mais o reino dos homens adentrava o reino mágico, matando e destruindo todos os seres mágicos. E com isso, os dragões perdiam seus lares, e habitats naturais, ficando ao léu.
Contudo, ao ver que mesmo entre os humanos existiam aqueles que viviam em pobreza e miséria, como Aurora, ele entendeu que não eram todos os humanos que estavam fazendo aquilo. Não eram todas as pessoas que estavam sendo favorecidas com a expansão humana.
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A Princesa e o Dragão
Historical FictionEm outro mundo, num passado longínquo, os humanos construíram uma sociedade distante da natureza, cercada por grandes e magníficas construções, que enchiam os olhos e o orgulho de quem as visse. Mas, o esplendor escondia o preço que foi pago para al...