Killed kimber.
Dormir, ele precisava realmente dormir. Ada estava enlouquecendo sozinha naquele lugar, ela precisava de Freddie tanto quanto precisava que sua criança dormisse.
Dormir.
Talvez ela não se lembrasse dessa palavra o suficiente, tampouco sabia o significado dela. Uma criança era a coisa mais digna que uma mulher poderia produzir, mas ainda significava sua ruína.
Esse sentimento jamais sairia dela, o fato do cotidiano não ser o que sua mente imaginou para si. Cotidiano isso sim estava massageando sua alma de uma forma negligente.
Há coisas estranhas no dia a dia, como por exemplo não ir para o lado de fora de casa , ela gostaria muito disso. Ada notou que no cotidiano você tem que notar as coisas além da sua vida medíocre. Por isso ela notou que recebia dinheiro pelo correio, junto com uma inicial- escrita com a melhor letra que ela poderia se lembrar de ver. Era dinheiro suficiente para comprar tudo que ela gostaria e ainda suprir suas necessidades.
Mesmo que Polly venha aqui quase todos os dias, ainda não queria contar a ela. Não queria questionar se era de Tommy, porque provavelmente não era.
Porventura ela deveria ir atrás, deveria ver quem quer comprar algo dela. Aquilo era de gente grande, ela sabia pela droga do papel que embalava o dinheiro.
Como de costume Polly ficou com o bebê para que ela pudesse tomar um ar, sair e ir comprar algumas coisas. Ficar em casa era deprimente, já que Freddie não saia da sua cabeça nem por alguns segundos.
Sua preocupação com a saúde física do marido era algo que perturbava suas noites, tardes e manhãs.
A feira estava meia cinza, sem muitas pessoas. Notar isso mesmo tão atônita mostrava que sua parte familiar ainda estava ali.
Ada comprou algumas coisas, mas voltou para casa de forma lenta. Não queria ficar longe do seu filho, mas ainda precisava manter sua cabeça em um lugar estável para poder lidar com o mesmo.
Virou a primeira esquina e as ruas ainda estavam vazias. Sua pele gelou quando apenas um homem apareceu na esquina, vestido com um terno elegante demais para aquela região, seus cabelos eram ralos e loiros. Sua postura era algo meio assustador, como se ele pudesse matar qualquer pessoa com um mínimo movimento.
Ele encarou ela, como quem tivesse achado um alvo importante. Ada entrou em pânico por alguns minutos, mas continuou andando. O homem continuou olhando ela, dessa vez parado do outro lado da rua.
O coração da mulher só se acalmou quando uma mulher apareceu a sua frente, andando calmamente. Ela suspirou e se virou para trás apenas para ver o homem perceber que havia outra pessoa ali.
-Olá docinho..- a mulher disse a ela, enquanto o corpo das duas se chocaram um no outro.
-Sinto muito?- Ada perguntou, enquanto a mulher puxava a cesta da sua mão com um mínimo sorriso no rosto.
Ada entrou em pânico, já que sentiu alguém atrás de si. Morreria de forma indignada, e deixaria uma criança no mundo sem um pai e sem uma mãe. Era um realidade infeliz, mas passava pelos seus olhos como um flash.
-O que estão fazendo?!- ela perguntou assustada.
Olhou para trás e o homem de antes tampou sua boca, impedindo que ela gritasse ou falasse qualquer outra coisa.
-Acalme-se- a mulher a sua frente disse ainda sorrindo- queremos apenas conversar.
Ela ajeitou um fio de cabelo de Ada, enquanto os olhos da mulher ficaram cada vez mais atordoados. Seu corpo estremeceu, e uma ardência parecia cortar seus ossos de forma lenta.
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Boss lady [Peaky Blinders]
FanfictionOs Beaumont são líderes em todos os patamares da sociedade, sendo os maiores influenciadores na bolsa de ações. Líderes do concelho principal das uniões estrangeiras da máfia. Charlotte sempre foi centrada na sua única vantagem ao mundo, sua lideran...