24.

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John sorriu para a mulher, grandiosamente gentil. Caminhou até a porta do vagão, a observando de perto dessa vez. Desde a aliança, as coisas foram incrivelmente agradáveis.

O rapaz jantou todas essas noites no casarão, bebeu com os irmãos do seu melhor amigo e sua esposa passou um tempo na presença de Clear.

Charlotte era intimista, ela jantou, bebeu um pouco e então teve inúmeras reuniões. Mesmo com isso, John notou que agora ela está muito mais íntima e dando confiança a ele.

Como por exemplo mexer em finanças durante o jantar, e não se importa com a sua presença para isso. Falar sobre empresários insuportáveis e esnobes como se sua declaração não fosse nada demais.

Ela olhou para o mais novo, movendo o corpo minimamente como sempre fazia. Se ele não soubesse e estivesse procurando por ela, provavelmente não escutaria ou saberia da sua presença.

—Jamais terá a minha benção para me chamar assim– Charlotte sorriu minimamente, beijando sua têmpora.

—Buongiorno, sorella maggiore– Harry disse do seu banco, sorrindo para a cena.

Maggiore era uma maneira de demostrar respeito pela sua maior idade, dentro da família Beaumont. Todas as vezes que alguém se referia a Charlotte como "Sorella Maggiore" estava te demonstrando respeito e pedido sua proteção.

Harry era um dos únicos que sempre pediu a proteção da irmã, sempre que estava mais nervoso do que o normal.

—Buongiorno, para todos vocês– Charlotte sorriu para o irmão, dessa vez intimamente.

Olhou para porta, vendo que Christian estava caminhando junto com o seu próximo passa tempo. Essa reunião seria mais complicada, tanto que talvez a viajem até a próxima estação fosse curta demais.

John e seus irmãos se acomodaram, conversando sem parar sobre o lugar que vão conhecer. Para a infelizmente de Boss, mas para a felicidade de Polly, a mais velha e Thomas sentaram no primeiro banco, de frente para a porta do seu escritório.

Ela não gostava da sensação de não ter privacidade.

—Con la tua benedizione, capo, sei molto bella..– o executivo falou com a mulher como se estivesse em meio a uma oração.
[Com a sua benção, Boss, está muito bonita]

Se aproximou dela, desejando bom dia a suas companhias. O homem era alto, forte e com cabelos ralos. Usava um brinco na orelha, de argola dourada.

Polly julgou no seu sorriso marcante, e nos óculos de sol caros, que talvez essa fosse uma daquelas companhia que Charlotte teve que manter após a morte de seu pai. Foi suficiente para que ela e seu sobrinho recebesse um olhar por cima do acessório, incrédulo e mal em disfarçar.

—Mia dolce madrina, la tua compagnia è più che interessante...– o olhar do rapaz se tornou presunçoso, ao admirar Polly sentada em seu lugar como parte da família.
[Minha doce madrinha, sua companhias é mais que interessante..]

—Madrinnie..– Boss o chamou, com um sorriso no rosto– non guardate la mia madrina come se questa storia vi interessasse.
[Não olhe para minha madrinha como se essa história lhe interessasse.]

—Non è mia intenzione, ma gli zingari?– ele voltou a olhar para ela, tentando se redimir.
[Não é a minha intenção, mas os ciganos?]

—Sì, gli zíngari..– ela estendeu seu sorriso, enquanto sua família olhava para a situação.
[Sim, os ciganos]

Charlotte sabia que os seus irmãos estavam entendendo a conversa, e por isso não se importou de falar em britânico. Os Shelby por outro lado, estavam tão perdidos como ela pensou que ficariam.

Boss lady [Peaky Blinders]Onde histórias criam vida. Descubra agora