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Presenciar a sua postura de líder.

Birmingham era uma cidade fria, dependendo de onde você olhava, suja. Ninguém nunca pode sentir um calor tão intenso quanto o que todos estavam sentindo agora, era como se a casa estivesse estivesse definitivamente pegando fogo dentro deles. Todos sentiram, aquela tensão, o ar quente e a bagunça que derepente o domingo se tornou.

Na fábrica os seguranças da família Beaumont foram os primeiros a chegar, junto com suporte médico. Nenhum dos homens que permaneciam do outro lado da rua viram a polícia se prontificar no ambiente, e não demorou para as especulação começarem mais rápido do que o fogo se apagar.

Quando o carro de Charlotte chegou, ela desceu junto a Ada. Ambas com o rosto coberto pelo lenço preto da família, caminharam lentamente para os seguranças. Ninguém deveria saber que havia um Shelby junto a alta cúpula, pelo menos não essa Shelby.

—Sra. Boss– Ada ouviu atordoada o segurança se aproximar– o senhor Thorne já foi encaminhado para ao hospital, foi o primeiro a encontrarmos.

—Ótimo, eu preciso que leve Ada até ele, e que dê suporte a ela até que a família chegue– Boss disse entre sussurros, segurando o braço de Ada com firmeza.

Ada olhou para a mulher, amedrontada. Ela sabia que dentro de alguns segundos poderia se tornar viúva, dentro de alguns segundos poderia passar por toda a agonia de estar sozinha. Charlotte por sua vez apenas lhe lançou um olhar frio, e aquilo poderia ser reconfortante ou apenas um aviso que ela não se importava o suficiente.

No fundo, em algum lugar, os seus pareciam com algo que acalmou a alma preocupada de Ada. Por outro lado, com uma fábrica pegando fogo, a última coisa que muitos esperavam ali era calmaria. No fundo seu corpo estava queimando em raiva, rancor e principalmente vingança. 

O edifício estava completamente destruído, com manchas do fogo em todas as partes. A porta de entrada não era nada mais do que escombros, em meio a pouca multidão e o caos. Charlotte ficou parada ali, em frente ao seu trabalho, observando como todos os outros curiosos. Em silêncio, o rosto coberto assim como suas emoções, foi como ela planejou seus próximos passos. 

Harry chegou tempos depois, com mais seguranças e médicos. A multidão aumentou com os minutos, sendo contida apenas pelos inúmeros seguranças. O mais velho dos Beaumont não deixou de alertar a todos sobre a situação.

—O senhor sabe se o incêndio foi criminoso?–um rapaz gritou– as fábricas não estão mais seguras?

—As informações são poucas, mas podemos garantir que não foi uma irregularidade das fabricas!- Harry respondeu sério. 

—Sr. Beaumont, há inimigos da familia que poderiam ter feito isso?–uma repórter deu passos entre as pessoas, encurralada entre os inúmeros seguranças. 

Boss se moveu a mulher, possicionada ao lado do irmão notou quantas pessoas estavam ali agora. Na mesma velocidade que a multidão aumentava, os corpos ou feridos eram retirados pelos fundos. A mulher sabia que seria uma exposição sem fim, tanto para os corpos, quanto para as responsabilidades com os familiares. 

Sua saída mais rápido era curar as pequenas feridas de imagem, e imediatamente tenta acalmar as questões financeiras que isso causou.

—Temos plena certeza sobre a gravidade do acontecido– a voz dela era firme, algo que causou confiança nas pessoas. Ao mesmo tempo seus olhos forma teatrados como algo triste e preocupados– a preocupação maior dos Beaumont nesse momento é garantir que todas as famílias tenham suporte, outras questões deveram ser divulgadas ao decorrer dessas prioridades.

Assim que sua última palavra foi dita, houve um silêncio intenso. Ela puxou Harry para o canto, indo em direção a entrada da fábrica, ambos escutaram as perguntas intermináveis, apenas as ignoraram.

Boss lady [Peaky Blinders]Onde histórias criam vida. Descubra agora