O ambiente era frio, a certeza de que ,além de dinheiro, os Beaumont ofereciam muito poder cético. A música era alta, mas não o suficiente para que as conversas fossem ofuscadas.
John foi cumprimentado por tratas pessoas que em seus olhos podiam ver o desespero, ele nem as conhecia. Charlotte deu a ele uma pequena caixinha de veludo, e Cecília foi clara quando a entregou, o pingente tinha o brasão da família junto a um alfinete para que ele o pendurasse na roupa.
E que roupa. Pude observar o quão bem vendido todos estavam, incluindo a mim e meu irmão. John era do tipo que adorava aquilo, a sensação de reconhecimento e poder.
A minha preocupação na realidade era o começo da relação que deveríamos ter com a mulher. No momento que ela passe por aquela porta, a minha ruína estaria definida. Teria que fugir pelo restante dos meus dias.
Bati os pés no chão, tentando disfarçar o máximo que consegui. John e sua esposa estavam admirados com o ambiente, e com a quantidade de pessoas que os olhavam e sorriam.
Um homem grisalho passou ao meu lado, se virando de frente para nós. Ele me encarou com os olhos verdes, muito familiares, nitidamente admirado.
-Eu contei os dias para o dia que veria esses olhos..- ele disse, segurando o coração enquanto estendia a outra mão em minha direção.
-Nos conhecemos?- perguntei simples, lançando um olhar para John.
-Não como eu gostaria, minha neta tem o dom de controlar o que deseja- ele sorriu, apertando minhas mãos com vontade.
Observei seus olhos, e não demorou para que caísse na real. Charlotte tinha tantas herança que mal tinha conhecimento, ela parecia estar em todos os lugares.
-Sr. Angelo..- John murmurou em choque, eu podia ver os seus olhos arregalados e o seu rosto começar a soar.
-Jovem Jonathan- ele soltou a minha mão para se aproximar de John.
O velho se curvou em direção ao meu irmão, beijou sua têmpora como um avô e então se afastou. Ele tinha uma postura bruta, algo em sua personalidade soltava juventude.
Poderia deduzir sobre seus conhecimentos e sua inteligência, mas nunca poderia imaginar que ele, entre todos da família, seria o mais humilde.
-Sabe o quanto fique felizardo quando Harry escolheu lhe abençoar como padrinho- ele disse sinceramente, movendo a bengala no chão de madeira cara- nossa família precisa de pessoas como vocês..
-Fico feliz que tenha gostado da ideia- John respondeu educadamente- e também incrivelmente chocado..
-Tem uma postura muito mais generosa do que os outros membros da sua família- acrescentei, se virou em minha direção como se minha fala fosse de tamanha felicidade para si.
Angelo, na realidade, era Harry Angelo Boss-Beaumont. Todos se referem a ele como Angelo, já que suas ações e vida são consideradas abençoadas.
Sua família veio para a Inglaterra durante seu casamento, a mulher era da monarquia, e com o tempo se desligou do cargo pelo marido.
Todos eles tiveram muitas escolhas estúpidas, e me fazem pensar que o amor dentro dessa máfia é algo muito mais assustador do que qualquer outro fator.
-Eu entendo, agora, o motivo da minha neta não te adorar- Angelo riu- ambos são tão convictos das suas opiniões.
-Eu não tenho um sentimento diferente por ela, Harry- sorri sarcástico, e por alguns segundos me desmanchei.
A porta do salão de abriu, minha mente perdida nas minhas atitudes logo se desligou. A porta era enorme, mas nada se comparava com a dor de cabeça que teria depois de hoje. A família passou um por um, como se estivessem em um desfile, todos ridiculamente arrumados.
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Boss lady [Peaky Blinders]
FanfictionOs Beaumont são líderes em todos os patamares da sociedade, sendo os maiores influenciadores na bolsa de ações. Líderes do concelho principal das uniões estrangeiras da máfia. Charlotte sempre foi centrada na sua única vantagem ao mundo, sua lideran...