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Acordo condenado e a guerra de dois.

O pressentimento era algo realmente interessante, intuição ou como quer que queira chamar essa sensação. Fazia exatamente um mês que Charlotte estava desenhando e sublinhando cada passo em falso que Thomas poderia dar. Fazia um mês desde que a reunião aconteceu. Ela não estava insatisfeita, muito pelo contrário estava animada com o caminho que ele tem tomado.

Clear estava com cinco meses, o que já era um grande coisa. O bebê tem recebido muita atenção da mídia, e a família chegou até a dar alguns entrevista para alguns jornais importantes. Tudo que se dizia sobre era que seria um garoto, que seria o homem a abrir a nova geração da família Beaumont. Já que a última foi aberta por uma mulher e a penúltima por um homem.

Ter fama era como ter carrapatos, te sugam e se mantém no mesmo lugar. Tem que ser arrancados, ou mortos. Charlotte adorava a segunda opção, ela se movia para proteger a imagem, a herança, a vida, e as decisões dos seus irmão.

Família.

Não havia nada tão importante quanto isso. Ela se movia sobre essa fidelidade de dois lados, por isso prometeu a Harry que não iniciaria uma guerra com os Shelby, mas parece que os Shelby quem vão começar isso.

Hoje o dia começou normalmente, rotina e mais rotina, trabalho e mais trabalho. O céu estava mais claro que o normal e não estava tão frio como geralmente. Clear e Charlotte estavam na sala X, ambas lendo o mesmo livros mas separadas. Clear gostava muito de comentar enquanto lia, e acabou interessando Boss em um livro que pretendia ler. Para passar mais tempo por perto, a mulher mais velha concordou em lerem ao mesmo tempo e trocaram ideias sobre.

—Eu adoro isso, mas Lotte..– Clear se remexeu no lugar– diga algo!

Fazia alguns minutos em que tudo que Clear estava fazendo era pedir uma opinião de Boss sobre o livro. Ela parou de ler, tentando analisar as expressões da mulher enquanto lia de forma concentrada. Nada. Nada. Ela não tinha expressão nenhuma, era como algo vazio, o que causava algum medo em Clear de vez em quando.

Elas se conheciam bem, conversavam bem. Antes de Harry se tornar corajoso o suficiente para pedir a mão de Clear. Charlotte foi responsável por iniciar uma fundação de leilão ao lado dos pais de Clear, que eram extremamente abusivos com a mesma. O tempo o fez pagar por seus atos, e já mortos, o poder de 30% do leilão foi direto para as mãos de Clear.

As duas conversavam sobre isso de vez em quando, mas a verdade é que clear entregou essa porcentagem nas mãos do seu marido, que consequentemente entrou nas mãos de Charlotte. Bem como Clear esperava.

—Por favor, Clear. Leia e tire suas próprias opiniões– Charlotte a olhou e ajeitou o seu óculos de grau.

—Como fazer isso, você parece tão crítica quanto a metade da história– ela se pressionou no sofá, fazendo uma careta de chateada.

—Você estaria tão avançada quanto, se prestasse atenção no livro!– a ondulada voltou a atenção para o seu livro, continuando a leitura de onde parou a segundos atrás.

Clear desistiu, segurando algumas boas verdades em sua garganta. Ela era esse tipo de pessoa, doce e calma. Gostava de todas as pessoas até que não gostasse mais. O total oposto de personalidade de Charlotte, talvez por isso se dê tão bem com tal. Clear tentou focar no livro, mas Charlotte parecia muito mais concentrada do que o normal agora. A mulher fingiu uma careta de surpresa, fazendo a amiga se revirar no sofá e tentar espiar sua leitura.

—Inacreditável..– Boss sussurrou para si mesma, enquanto observava de canto de olhos sua cunhada pular para o seu lado.

—O que há de tão bom, me diga!– ela perguntou, se grudando no braço de Charlotte.

Boss lady [Peaky Blinders]Onde histórias criam vida. Descubra agora