15.

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Pode apagar o fogo, mas nunca a fumaça.

A mesa do lado de fora, a terra plana e rodeada por arbustos e flores. O sol iluminando a mesa arredondada de vidro, com decorações simples além das pratarias nitidamente caras.

Charlotte estava no alto da escadaria que dava acesso para o jardim, com alguns papéis na mão. Christian estava ao seu lado, tão atento a suas expressões como sempre era.

As coisas funcionaram normalmente, Harry receberia os convidados e eles entrariam pelo lado externo, indo diretamente para onde o almoço aconteceria. Ele beberiam e conversariam antes do relógio bater 14hrs em ponto, e todos deveria estar na mesa segundos após.

Hoje, por mais que Boss espera-se fazer uma folga das fábricas, seus funcionários trabalhariam nas fábricas. A organização precisava de uma distração para a exportação fantasma de armas para a América do norte– mesmo que ela tivesse produção suficiente para enviar como uma exportação comum, seus funcionários precisavam incondicionalmente saber que haveria uma exportação.

Não era como se ela não comanda-se boa parte da polícia, mas como há duas pontas nessa negociação, precisa ter um álibi caso o outro lado resolva crescer demais. E era mais fácil assim, seus funcionários tinham esposas bem observadoras, ela conhecia extremamente quem trabalhava para ela. No caso de fofoca, ela saberia que todos estariam ao lado dela, justamente pelo pagamento extra.

Os papeis eram sobre a exportação principal, que levaria as produções de hoje no mesmo dia um pouco mais tarde. Ela precisava assinar o papel de firma e o cheque.

Não parecia complicado, mas era. A pior parte era sempre ter que explicar uma estratégia simples para o concelho, do qual ela era refém já que não tinha um conselheiro.

Seu avô gostava muito de tradições, e envolvia o poder que ainda tinha sobre essa pequena questão de concelheiros. Charlotte esperava que ele morresse logo, assim poderia ter um pouco mais de paz em questão a isso.

—Você mora nisso?– Arthur pergunto para Harry assim que desceu do carro.

—Não exatamente– ele riu e deu de ombros.

—Como assim, não extremamente?– Tommy perguntou, ficando ao lado do rapaz.

—Isso faz parte dos meus pequenos estudos–John de gabou.

—Responda da forma correta nesse caso– Harry sorriu para o amigo, colocando as mãos na cintura.

John e os outros chegaram no mesmo momento em que Harry terminou de descer as enorme escadaria de fachada da casa. Sua irmã insistiu que os carros e motoristas da família fossem buscar todos eles, por mais que Thomas tenha deixado claro que não precisava de caridade.

Seu amigo foi tecnicamente obrigado a aprender algumas coisas sobre a organização, claro que dentro do controle de informação de Charlotte. Havia coisas que ele não deveria falar ou saber.

—Foi construída em 1820, são quase 100 anos de estrutura– John abraçou os ombros de Harry, mostrando que sabia sobre– seu avô era metódico e achava que o líder deveria ter um abrigo para toda sua futura. Construiu a casa e por mais que seja dividida por caber toda sua família, a única que reside é a família do líder.

—E então..– Harry levantou uma sombrancelha– Eu moro aqui?

—Se sua irmã não tivesse lhe dado um casarão de presente de casamento, sim– o rapaz deu de ombros, analisando a estrutura da casa– mas como ela não tem família, a maioria do tempo vive sozinha e trabalhando.

—Essa parte não estava nos documentos– Polly desceu finalmente do carro, encarando John.

—Sim, mas qualquer oportunidade de falar mal dela sem sua presença já é valida– John sorriu para Harry, mostrando que não se importava o quanto aquilo não era bom para ele.

Boss lady [Peaky Blinders]Onde histórias criam vida. Descubra agora