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Aviso: esse capítulo pode conter gatilho, violência e menções a morte. Leia por sua conta em risco.

Cotidiano.

Existem poucas coisas que podem realmente me causar alívio, e boa parte dessas poucas estão relacionadas aos meus irmãos. Não diria que tenho uma relação totalmente amorosa com todos deles, sirvo mais para concelhos e aprovação.

Estar em casa me fez pensar, não tenho mais os mesmo problema que eu tinha ontem. Entretanto ainda tenho que organizar assuntos desses mesmo problemas, fazendo com que eu não tenha mais que tê-lo novamente.

Harry foi o primeiro a me receber, ele sempre fazia questão de me atualizar sobre os assuntos- mesmo que eu já saiba de boa parte deles.

Emma estava com um novo namorado, isso era mais frequente do que imaginávamos. Ela não tem tanto alto controle como imagina ter, e isso causa certo burburinho que nunca acaba de uma forma pacífica.

Caesar não vai em casa a algum tempo e tem ficado muito sobrecarregado com as reformas no Pub. A preocupação de Harry era sobre seu tempo de descanso, mas para mim era extremamente importante que Caesar fosse focado dessa forma.

Call não ligava a algum tempo, mandou apenas uma carta na semana passada- sendo o mais breve do que o normal sobre tudo.

A maioria dessas pequenas coisas já estavam resolvidas, agradeço por Harry sempre conseguir manter a casa em ordem quando saio. O único problema é que ele resolvia de uma forma provisória, e acabava voltando para os suas próprias falhas- como sempre voltando para mim ter que resolve-lás.

Ele e Clear estão tentando ter um filho, marquei isso no meu calendário e sinceramente já era para ter uma criança a caminho- o que me causou algum tipo de confusão. Já que nenhum dos dois eram inférteis.

O médico da família me alertou que Clear parou de tomar suas vitaminas, e segundo o mesmo isso impossibilita os seus hormônios. Eles tentam até demais, e eu agradeço por terem uma casa- presente meu de casamento.

Porventura, espero por um sobrinho em duas semanas ou algo assim.

Assim que meu irmão finalmente soltou meu corpo do seu longo abraço fui até a sala X. Emma era a única ali, deitada no sofá de ponta cabeça - como costumava se deitar quando sentia algum tipo de ansiedade ou mal estar.

Ela não notou minha presença por isso quando me aproximei foi mais fácil de assusta- lá. Emma se tornou mais grudada a mim após a morte de Richard, sinceramente via isso como algo bom, não temos mais os mesmos problemas de antes.

-Lotte!- ele gritou se revirando no sofá para vir até mim.

Emma pulou no meu colo, seu corpo minúsculo agarrou as pernas na minha cintura enquanto gritava de forma animada. Eu adorava aquilo, era aconchegante e eu me sentia confortável.

-Porque não avisou que voltava?- ela desceu do meu colo, enquanto me dava um pequeno beijo no rosto.

-Eu liguei ontem- eu respondi, beijando sua têmpora em sinal de confiança.

-Senti sua falta- ela sorriu como uma criança- precisamos muito conversar.

-Sobre seu novo namorado?- disse sorrindo, caminhei até o canto da sala.

Alfie e Harry entraram na sala, conversando sobre algo que eu sabia ser a paternidade. Agradeço por todos compartilharem boas relações, a evidência disso está em Emma abraçar Solomons- mesmo que o homem fosse ainda mais discreto para retribuir sua afeição.

Emma virou o corpo de volta para minha direção, voltando ao meu comentário anterior ela expressou uma cara de desacreditada. Costumava esconder algumas coisas, como sua fixação por ter novos namorados e acabar não focando no que realmente quer- ou simplesmente tem que resolver o fato de que a maioria dos seus amantes de uma noite são extremamente fofoqueiros, ou gostam de se aproveitar do fato de usá-la.

Boss lady [Peaky Blinders]Onde histórias criam vida. Descubra agora