🅲🅷🅰🅿🆃🅴🆁 11.1:

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𝐌𝐞𝐮 𝐣𝐨𝐠𝐚𝐝𝐨𝐫

Mariah Lopez

Terceira-feira:

Nova York é totalmente diferente de Madrid. As pessoas aqui não andam, correm.

É impossível você acompanhar o pique delas. Eu e Nina estamos hospedadas em um chique hotel perto do Central Park, onde você consegue ver o mesmo da sacada do prédio.

Tudo está sendo pago pela marca, então não reclamo do preço do serviço de quarto nem por um segundo.

— Eu pedi tudo isso de comida e você não vai me ajudar a comer?— Fico chateada, me sentando na cama king size. Ajeito o roupão branco em meu corpo. Nina se aproxima ainda com roupa de academia.

— Eu preciso manter a forma, vou ficar no shake.— Me deito fazendo manha.

— Por favor, Nina... Só um hambúrguer, não irá te dar 10 kilos se você comer.— Nina é bastante magra, ainda mais por ela ser alta, ela não deveria estar se preocupando com o corpo.

Ela se aproxima, sentando na cama.

— Só uma mordida.— Ela proclama. Me sento.

— Uma mordida? É mais fácil embrulhar e dar para algum morador de rua.— Resmungo pegando as batatas da cesta, levando até a boca.

— Eu me preocupo com minha alimentação, Mariah.— Isso foi uma indireta? Dou de ombros, mordendo com muita vontade as batatas.

— Pra quê fazer dieta se posso sair nesse exato momento e ser atropelada por um daqueles táxis horrorosos?— Vejo a garota segurar o sorriso, pensativa. Ela pega o lanche na mão e morde, logo soltando um suspiro satisfeito.

— Você é uma má influencia, Guapa.— Corro até o meu lanche, mordendo um grande pedaço.

— Sou brasileira, não encontrará influência melhor que a minha.

— Isso eu não discordo.— Ela responde de boca cheia. Não me importo, ver Nina sendo Nina me deixa completa.— Humm... Vou tomar um banho e nós vamos até o museu da arte moderna.— Sim, só sim. Vincent Van Gogh é o meu- e de Nina- pintor favorito. A história de Van Gogh sempre nos emociona e eu sou a favor da teoria que Gogh não se suicidou e sim foi homicídio.— Tá viajando, né?

Saio do transe.

— Estou muito ansiosa.— Assim que Nina termina de comer seu lanche, eu aproveito para arrumar nossa cama, colocar todas as embalagens vazias no carrinho onde alguém logo virá recolher e me visto.

Uma calça Flare bege, uma blusa de gola alta preta e uma jaqueta de couro preta. Nina demora no banheiro, fazendo eu me preocupar.

Bato na porta.

— Tá viva?— A água ainda está caindo, consigo escutar claramente daqui de fora.

— Sim... Hum... Eu já estou saindo...— Estranho. Muito estranho. Encosto meu ouvido na porta, mas nenhum barulho ao não ser a água do chuveiro.

— Você está bem, Chica?— A água do chuveiro é desligada, então escuto passos. Me afasto da porta, demora alguns segundos antes da mesma ser aberta. Vejo Nina enrolada em um roupão igual ao meu, ela está sorrindo.

— Estou ótima! Quanta pressão, só estava lavando meu cabelo. O vôo detonou ele.— Minha amiga passa por mim indo diretamente até sua mala. Seu cabelo está amarrado em uma toalha branca.— Aliás, eu amei sua roupa.— Sorrio, se satisfez Nina, então me satisfaz.

Meu celular toca em cima da cama, corro até o mesmo.

— Seu presente de Deus.— Digo a Nina. A garota olha o visor, fazendo uma careta. Ela atende- tomando o celular da minha mão -.

Meu jogador - Vini JrOnde histórias criam vida. Descubra agora