Meu jogador - Vini Jr

🅲🅷🅰🅿🆃🅴🆁 20:

𝐌𝐞𝐮 𝐣𝐨𝐠𝐚𝐝𝐨𝐫

Vinícius Jr:

Encaro minha musa distraída, observo sua barriga nua subindo e descendo, enquanto Mariah assiste o teto branco do quarto.

Tento adivinhar o quê ela está pensando. Cutuco seu pé que está virado em minha direção na cama, ela não se mexe. Dou uma mordida de leve, fazendo a garota se assustar.

— Você me mordeu?— Ela se apoia nos cotovelos para me encarar. Sorrio.

— Estou tentando te chamar a um tempão, no quê está pensando?— Ela joga os cabelos soltos e úmidos para trás, deitando novamente.

— Tem algo que eu não te contei.— Sua voz é baixa, melancólica. Me sento, prestando atenção em como ela é pequena.

— O quê?

— Meu tio me entregou um álbum...— Arqueio uma sobrancelha, tentando entender o quê isso quer dizer.

— Um álbum de quê?— Faço uma pergunta besta de ser escutada.

— Fotografia. Minhas quando eu era criança.— Busco imaginar as fotos do álbum, algo para fazer ela ficar dessa forma.

— Encontrou algo que não queria ver?— Ela se senta, cruzando as pernas em frente ao corpo. Envido não ficar encarando a lingerie preta rendada que ela está usando. Encontro seu olhar do outro lado da cama, Mariah sorri, sacando o quê eu estava fazendo.

— Eu não abri ainda, está tudo tão perfeito. Eu não quero ver algo lá que estrague meu dia, ou pior, minha semana...— Seu suspiro é cansativo, como se ela estivesse cansada de pensar nisso.

— Você pretende ver?— Ela acena cuidadosamente, brincando com o edredom da cama.

— Só não sei quando, talvez amanhã; talvez daqui seis dias, seis semanas, seis meses... Eu não sei, Vini.

— Do quê tem medo?— Nosso olhar se encontra novamente, a vejo dar de ombros.

— De saber a verdade... Quem é minha mãe...— Ela se joga de peito na cama, se enrolando no edredom, uma fuga da realidade.

— Não precisa ir atrás dela se não quiser, paixão. Você pode descobrir a verdade e manter ela escondida... Você não precisa fazer algo.— Mariah não saí de debaixo do edredom cinza azulado. Sorrio, procurando a ponta para puxar a garota de dentro.

— Não, me deixe aqui.— Não a escuto, apenas agarro suas pernas nuas, arrancando ela do meio de tecidos.

— Por mais que você fica linda parecendo um burrito enrolado, você precisa parae de fugir da vida, Mariah.— Ela solta um grunhido baixo, saindo das cobertas.

— Não estou fugindo da vida, Vini... Só não quero que esse álbum vire o tabuleiro de Jumanji, eu abro e criaturas presas lá dentro surgem em minha vida.— Urro uma risada alta. Tabuleiro de Jumanji? Essa foi boa.— Pare de rir.

— Desculpa... É que, Jumanji é só um filme, Kopites... Nada vai acontecer se você não agir a respeito.— Mariah se apoia na cabeceira, e eu me apoio nos pés da cama. Trocamos de lugar.