Meu jogador - Vini Jr

🅲🅷🅰🅿🆃🅴🆁 30:

𝐌𝐞𝐮 𝐣𝐨𝐠𝐚𝐝𝐨𝐫

Mariah Lopez

E aqui estamos, dia vinte e três de julho de dois mil e vinte e dois; Dizendo melhor, Vegas.

Encaro a vista do quarto que peguei, é maravilhoso, a cidade é surreal de linda. Sinto o pecado dela me arrodeando.

TOC TOC TOC

Com muito esforço deixo a vista paradisíaca e sigo até a porta do quarto. Abro, na esperança de ser Vini, mas não é.

— Arthur!— Minha eufórica doma o local. Arthur e Marcos estão na porta do quarto, sorrindo como se fosse o dia mais feliz da vida deles.— Entrem, entrem. Chegaram faz muito tempo?

— Tempo suficiente de deixar as coisas no nosso quarto.— É Marcos que responde, entrando para dentro do meu quarto. Abraço Arthur, que tem os braços estendidos no ar.

— Muito bom te ver de novo, Mah.— Realmente, parece que passou uma eternidade desde a última vez.— E também estou muito ansioso para ver o Vini.

— Ele está com o time... Nunca passei por isso antes, não sei como funciona… Mas sei que ele deve estar treinando.— Digo saindo de seu abraço. Eu deveria começar a assistir os Story's das mulheres dos jogadores. Conhecer melhor a área que estou me envolvendo.

— O time está hospedado aqui?— Sinto que ele vai ter uma grande queda de pressão ao encontrar com os jogadores do Real.

— Sim, todos eles…

— Então é por isso que estava um sufoco para entrar no prédio?— Marcos faz a pergunta. Encaro meu tio, que usa um boné merengue. Ele está mais novo, mais jovem.

Talvez Vegas faça bem para todos.

— Desculpa por meter vocês nessa, se preferir posso tentar encaixar vocês em algum hotel mais tranquilo.— Parece que as palavras que saíram de minha boca foram "Vou mandar vocês de volta pro Rio" porque ambos ficam aterrorizados.

— Tá brincando? Nem ouse em brincar, prima…— Reviro meus olhos para Arthur, que se arremessa na grande cama de casal.

Penso em Vini. Ao se despedir ele alegou voltar tarde, para que eu saísse pra conhecer a cidade, pra aproveitar o dia… Como aproveitar Vegas sem o moreno?

Suspiro, sorrindo para ambos.

— Vocês já tomaram café? Tô afim de dar uma passeada pelo bairro.— Já pego minha bolsa que estava a mostra, passando em volta do meu pescoço. Arthur se senta na cama, e Marcos deixa de olhar pela janela.

— Famintos.— Ótimo. Pego meu celular, colocando na bolsa com minha carteira. Ainda é cedo em Vegas, então não me preocupo em ser ágil. Arthur já segue para fora do quarto, olhando cada movimento pelo corredor, na busca de encontrar algum jogador.

— Mariah.— Paro pelo chamado do tio. Ao me virar para ele, percebo que ele não quer que o filho escute.— Muito obrigado por tudo isso… A gente se conhece em tão pouco tempo e você já fez tanto pela nossa família, não sei como te recompensar, acho que nem conseguiria se tentasse.— Eu faria mil vezes isso por eles, é fato. Seguro no ombro do homem, como apoio.

— Eu vejo meu pai quando te olho… E sei que não importa onde ele esteja, ele está com um puta sorriso orgulhoso por sermos próximos novamente. Esse é o pagamento.— Seus olhos brilham, e não consigo conter com que os meus faça a mesma coisa.

— Eu creio nisso, Mah.— Eu também creio.— Vem cá.— Ele me puxa para um abraço, e esse é diferente dos outros. É como se tivesse alguém nos abraçando também, algo caloroso e puro. Me apego nisso antes do abraço ser encerrado.