🅲🅷🅰🅿🆃🅴🆁 15:

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𝐌𝐞𝐮 𝐣𝐨𝐠𝐚𝐝𝐨𝐫

Mariah Lopez:

Deixo minha mala encostada em cima da calçada. Me viro novamente para o taxista. Finjo que o preço absurdo não me afetou. Passo meu cartão já que só tenho euro na carteira.

— Obrigada.— Digo, me virando para a casa. É uma casa bonita, nada extravagante mas muito bonita.

Eu estou no Brasil. A ficha só caí agora, depois de anos, eu estou aqui novamente.

Me aproximo da casa amarela, tocando a campainha. Ninguém atende o portão.

— Está procurando alguém?— Me viro para a voz. É uma voz calma. Ao me virar me deparo com uma garoto de aparência jovem. Sua pele é branca e seu cabelo liso está caído nos olhos. Ele tem um skate embaixo do braço.

— O Marcos ainda mora aqui?— O garoto joga o cabelo para trás, o quê não adianta muito, já que caí novamente em seu rosto.

— Ele está na oficina.— Noto que o garoto forçou mais a voz, para parecer maduro. Sorrio.

— Pode me dizer onde fica a oficina?— Ele me fita.

— Quem é você?— Que burrice da minha parte. Eu teria a mesma reação se visse uma estranha com malas e tudo na porta de sua casa. Calma...

— Você é filho do Marcos? Desculpa, eu sou a Mariah. Eu sou sua prima, se você for o filho dele, então eu sou sua prima.— O garoto não se move instantaneamente.

— Então você é a Mariah.— Choque transborda seu rosto. O quê significa "A Mariah?". Ele põe o skate no chão.— A oficina fica no final da rua.— O garoto passa por mim, abrindo o portão da casa com sua chave. Ele volta para pegar minha mala. Eu tento ajudar, mas ele é mais rápido, já pondo a mala para dentro.— Eu sou o Arthur, meu pai me disse que um dia você voltaria para casa.— Não respondo, sinto o impacto do nome me atingir, e um segundo impacto vem com seu comentário.

O nome do papai. Arthur fecha o portão, voltando para o seu skate. Ele começa a descer a rua, me apresso em seguir o mesmo.

— Você tem uma irmã, não tem?— Tento puxar assunto, ele para o skate.

— Tenho... E minha mãe está grávida novamente. Outra menina.— Então eu tenho outra prima? Isso é incrível.

— Eu queria ter irmãos. Infelizmente eu não tenho, não de sangue.— Nina e Oliver são como meus irmãos, mas eu queria crescer lado a lado com meus irmãos.

— Eu queria um irmão, para ensinar futebol e andar de skate.— A palavra futebol me atinge como um raio. Penso em Vini. Pego meu celular, nada de uma resposta dele ainda, não o culpo, eu também não responderia.

— Sabia que eu já conheci os jogadores do Real Madrid?— O garoto pela primeira vez me encara com curiosidade.

— Nem ferrando.— Sorrio. Pego meu celular colocando na galeria, mostro para ele meu vídeo no Bernabeu.

— Meu melhor amigo trabalha no Bernabeu.— Explico.

— Deve ser ótimo. Ele trabalha com o quê? Vejo Arthur arrumar seu cabelo novamente para trás. Ato mal sucedido, o cabelo volta na cara dele.

— Finanças.— Deixo o tom da minha voz demonstrar tédio.—  Não incomoda?— Me refiro ao seu cabelo.

— Um pouco, mas é descolado.— Sorrio. Me lembro de Modrić, o que faz meu coração se esquentar. Viramos a esquina e já vejo de cara a oficina. Arthur devolve meu celular, bem na hora, chega uma mensagem de Nina no visor.

Meu jogador - Vini JrOnde histórias criam vida. Descubra agora