Meu jogador - Vini Jr

🅲🅷🅰🅿🆃🅴🆁 33:

𝐌𝐞𝐮 𝐣𝐨𝐠𝐚𝐝𝐨𝐫

Eduardo Camavinga

Espero, com o coração saltando alto em meu peito. Espero pacientemente, por mais que não tenho tanto tempo assim, eu apenas espero.

E quando ela surge, junto com seus amigos, deixando o estádio, meu coração tropeça em meu peito.

É possível um órgão te dar um tapa na cara? Me sinto baqueado por apenas olhar a garota.

Desgrudo do ônibus, seguindo na direção da conversa alterada.

— Tudo bem, mas não tinha motivos algum de tratar ela daquela forma.— Presto atenção na forma acusatória que Nina se refere a Oliver. Me questiono o quê tá rolando.

Eles me vêem. Já sinto que não dá mais tempo de voltar atrás.

Ambos param a caminhada, com os parentes de Mariah acompanhando eles dois. Busco por Mariah, mas não vejo o rosto familiar ali no meio. É sobre ela que eles estavam falando?

— Oi.— Digo a Nina. Ela não me responde com um "Oi", apenas acena positivamente com a cabeça, guardando as mãos no bolso da calça. Oliver se põe ao seu lado, é difícil não notar o quão protetor o cara ficou.— A gente pode conversar?— Me refiro a ela. O quê tenho a tratar é apenas do respeito de Nina.— No particular?

Vejo ela se virar ao americano, acenando um curto "Tá tudo bem".

— Eu já volto.— Ela diz para Madeline, a irmã de Mariah. Os quatros seguem caminho para onde as Vans estão, enquanto Nina me segue até o ônibus dos jogadores.— Olha, eu acho que já passei vergonha o suficiente por uma noite.— Dou a volta no ônibus, porque sei que deve ter muitos paparazzis rondando por aqui. Por mais que sua frase seja relutante, seus passos não são, a garota me segue sem ao menos fazer protesto.

— Não vai demorar muito.— Deixo claro. Me viro, tendo a mesma me encarando assustada. Caramba, como ela é linda.

Nina era bonita quando foi para Nova York, mas ela está de tirar o fôlego. Algo nela está mudado, algo novo, e eu não consigo parar de pensar em como ela ainda mexe comigo.

— Então?— Ela se sacode, demonstrando estar com frio. Estamos para fora do estádio, e em um canto escuro atrás do ônibus, o frio não ajuda.

— Acho que você precisava de uma resposta...— Vejo um sorriso se curvar em seus lábios, mesmo não havendo graça alguma nele.

— Eu já tive quando aquela garota te beijou, Eduardo.— Pisco, porque as pessoas só me chamam de Eduardo quando tem formalidade envolvida.

— Eu não posso te dizer que não tem nada entre eu e ela, porque estaria mentindo.— Ela aperta os lábios. Me aproximo.— Quando foi para Nova York, quando me deu um fora ao ir para Nova York...— Seu rosto se contorce.— Parecia que você tinha feito sua escolha ali...

A garota se apoia na porta do motorista, cruzando os braços em frente ao peito.

— Você mexeu comigo de uma forma que ninguém nunca fez, Nina Sanchez... E amar você, sabendo que você estaria amando o americano lá, isso é algo que eu não poderia manter.— Seus olhos brilham, talvez pela minha revelação.

Mas caramba, acho que está mais que óbvio que essa garota criou um alvoroço em minha vida.

— Eu só estava quebrada... Eu precisava me concertar antes de quebrar mais alguém com meus problemas...— Fecho meus olhos por um curto período de tempo, já que as palavras da loirinha me rasgam.