🅲🅷🅰🅿🆃🅴🆁 2:

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𝐌𝐞𝐮 𝐣𝐨𝐠𝐚𝐝𝐨𝐫

Mariah Lopez:

Entramos no barzinho, e já escuto algumas vozes conversando.

Assim que tenho uma visão mais ampla, o barzinho parece uma casa de show; Ele é rústico, todo amadeirado. Tem um palco de madeira no final e mesas redondas também feitas de madeiras de frente para o palco.

Aliso mais uma vez meu vestido de seda branco em meu corpo, tentando parecer arrumada em meio dos franceses.

O lugar é confortável, um pouco vazio, mas bastante convidativo.

— Vou buscar cervejas, alguma preferência?— Oliver que agora está usando uma camiseta polo, interroga nós duas. Nina tira os olhos do celular para encarar o gringo.

— Vê se tem Estrella Galicia¹.— Ela responde animada. Oliver se vira para minha pessoa, dou de ombros.

— Qualquer uma puro malte.— Ele se afasta satisfeito. Encaro o palco com o coração em meu peito pulsando alto.

— Sobe lá.— Nina sustenta meus pensamentos. Penso se devo me levantar ou não. A loira me sacode no meu banco de madeira.— Anda, Mariah... Cante para mim, Guapa.— Sua voz é domesticada sob meu olhar de ansiedade. Me levanto, caminhando até o palco. Ela bate palmas.

Oliver volta para a nossa mesa, e quando nota eu subindo no palco, ele sorri acenando positivamente.

O homem que estava no palco se vira para mim, me desespero porque sei quase nada de francês, mas então ele pergunta em inglês, me fazendo relaxar em meus pés.

— Quer cantar?— Aceno animada, estalando meus dedos da mão. Sua voz não é dura, não me intimida.— Então o palco é seu.— Assim como a música vive no meu coração, ele samba em meu peito enquanto eu me aproximo do microfone.

O palco está bastante iluminado, então não consigo enxergar muito bem o público, mas escuto a porta da frente sendo aberta, e uma animação contagiante entrando pela mesma.

Penso na música que vou cantar e assim que escolho, passo para o homem colocar os instrumentos da música. Deixo minha sandália no canto do palco ficando nele descalça.

Preservo o contato direto com a arte.

As pessoas que entraram se sentam nos bancos, e noto, mesmo não conseguindo decifrar os rostos, dois deles se sentando com Oliver e Nina.

Quem são?

Assim que o toque começa, eu me seguro no microfone e deixo a voz sair naturalmente em português brasileiro.

— De tanto levar "frechada" do teu olhar, meu peito até parece sabe o que... "Táubua" de tiro ao "alvaro" não tem mais onde furar, não tem mais...— Deixo a música corroer cada célula do meu corpo. Retiro o microfone do suporte, e começo a sambar em cima do palco.— Teu olhar mata mais do que bala de carabina, que veneno estricnina, que peixeira de bahiano... Teu olhar mata mais que atropelamento de "automóver" mata mais que bala de "revórver".— Dou um giro suave no palco antes de voltar para o refrão novamente.— De tanto levar "frechada" do teu olhar, meu peito até parece sabe o que... "Táubua" de tiro ao "alvaro" não tem mais onde furar, não tem mais...— Respiro fundo assim que a música termina, arrumando meu médio cabelo ondulado atrás do rosto.

Não consigo parar de sorrir com a chuva de aplausos que eu recebi.

A luz do palco se apaga, e então consigo identificar as pessoas que estavam me assistindo. Meu peito se explode como dinamite ao fazer uma troca de olhares com ele.

Meu jogador - Vini JrOnde histórias criam vida. Descubra agora