One

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"Eu não aguento mais."

Minha cabeça estava latejando, me encontrava impaciente. Tentava não ligar pra isso e continuar no escritório, porém já não conseguia, olhei para o relógio, faltavam 5 minutos.

Meu chefe, o senhor Kim, já nem estava mais fazendo nada, como sempre, ele deixa tudo nas minhas costas, além de fotógrafa, vou atrás das modelos, faço a maquiagem, edito, limpo o estúdio e ainda faço café para o mesmo. Meu horário acaba meio-dia, e faltavam alguns minutos para acabar, mas eu já estava sem forças, e além disso, morria de sono, já que fiquei assistindo tv até mais tarde.

-- Vejo que não dormiu bem de novo - disse o sacana do meu chefe, com um sorriso besta na cara.- Deve ter ficado até mais tarde assistindo casos criminais, certo?

-- Sim - tudo o que o respondo, já não tenho mais forças nem para olhar no rosto dele.

Olho novamente para o relógio, com os olhos suplicantes, e meu rosto se ilumina, acabou a sessão de tortura de hoje. Me levantei e arrumei minhas coisas, colocando meu notebook dentro da mochila, e pendurando minha câmera no pescoço.

-- Senhorita Kang?- meu chefe diz, chamando minha atenção - Sei que seu horário já acabou, porém, preciso que termine de fazer algumas coisas nas fotos de hoje, quero que edite e me mande os arquivos até amanhã.

É sério isso? Esse filho da mãe, vai mesmo me fazer trabalhar mais? Respiro fundo, tentando me acalmar.

-- Certo - pego minhas coisas e saio de lá, com um ódio imenso.

Não era de hoje que meu chefe fazia isso, mas ele deveria ter mais consideração, já estou me virando para ter que fazer tudo, sou a única funcionária do estúdio, todos os outros meteram o pé, e não julgo, faria o mesmo se pudesse, porém , preciso de dinheiro, e como sou novata no ramo, seria difícil ser contratada em uma empresa maior.

As vezes queria ter escutado minha mãe, ela me avisou sobre isso, falava sempre que deveria ter feito medicina, mas como eu sou teimosa, escolhi ser fotógrafa, simplesmente por que amo isso. É o preço que pago por fazer algo que amo.

O clima não perdoava, estava chovendo horrores, parecia que o mundo ia desabar. As ruas estavam bem movimentadas, as pessoas se amontoavam, seria difícil chegar cedo em casa, então, simplesmente segui para comer alguma coisa.

Passei por toda essa gente até chegar numa cafeteria, o lugar era bem bonito, com as paredes acinzentadas e com uma iluminação amarelada que deixava tudo mais confortável. Me sentei em uma mesa no fundo, o mais longe possível do grupo de adolescentes que tinham ali, evitando o máximo olhar para eles.

O atendente veio até minha mesa, e pedi um capuccino e um pedaço de bolo de chocolate. Sei que era a hora do almoço, mas com todo esse trabalho para fazer, não conseguiria comer direito, então quanto mais rápido a comida, melhor.

Tirei meu computador da mochila e comecei a trabalhar, e com certeza não sairia dali tão cedo.

...

Já era por volta das 06:00 horas, e eu ainda estava ali, estava mais cansada do que nunca, e então, resolvi ir para casa.

Já na metade do caminho, avisto uma loja de conveniência, resolvi parar e comprar algumas coisas. Assim que cheguei no caixa, avistei um homem, mais ou menos da minha idade, ele era um pouco mais baixo que eu, todas suas roupas eram pretas, ele usava coturnos, uma calça de couro e uma blusa de manga comprida. Seu rosto tinha um corte na tempora, além de seus punhos estarem machucados, como se ele tivesse socado algo.

O mesmo logo percebeu meu olhar, me encarando, porém sem demonstrar nada.
Não iria ficar brincando de encarar ali, então apenas desisti. Ainda podia sentir seu olhar queimando meu rosto, rapidamente, paguei minhas coisas e me retirei de lá, se guindo pela rua deserta e escura.

Olhei para trás, o homem da loja de conveniência ainda me olhava, porém, ele já havia saído estabelecimento. Meu coração estava acelerado, aquele homem era estranho, estava todo machucado, e além disso , eu nunca o vi por aqui.

Continuei meu caminho, até chegar na frente da minha casa, a luz fraca e amarelada da rua tornando tudo mais assustador, deveria me mudar assim que conseguisse, não era um lugar muito seguro, o bairro já foi palco para muito dos assassinatos.

Abri a porta da minha casa, estava tudo escuro, porém, pude sentir um cheiro diferente no local, um cheiro forte de...gasolina.

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Olá 👋Espero que gostem da história, talvez tenha ficado esquisito ou bem bagunçado, mas conforme o tempo, prometo melhorar minha escrita

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Espero que gostem da história, talvez tenha ficado esquisito ou bem bagunçado, mas conforme o tempo, prometo melhorar minha escrita.
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[PSYCHO] - BangchanOnde histórias criam vida. Descubra agora