O caminho até o escritório de Chan foi relativamente rápido, o que foi bom, já que o mesmo carregava um homem desacordado nas costas.Conversamos um pouco no caminho, e ele pediu para que o chamasse de Chan, pois era mais fácil e menos formal.
Estranhei um pouco, ele estava sendo muito gentil, e queria alguma coisa, só não sabia o que.
Não posso descartar minha suspeita em relação a ele, é muita coincidência ele aparecer no mesmo dia do atentado. E agora, já em seu escritório, olhando para ele, pude entender um pouco mais sobre ele, mas ainda com suspeitas.
Chan era um homem muito atraente, o tipo de homem que facilmente iludiria uma mulher, mas sua personalidade já é um pouco diferente, pelo que pude perceber em pouco tempo, Chan era mais fechado, porém era bem perceptivo, e parece ser bem responsável.
Seu escritório era como ele, era organizado, tinha uma grande mesa, um sofá de couro marrom localizado em uma das paredes, que era onde eu estava. Um frigobar, algumas caixas com jornais e fotos, e uma estante.
- Quer algo para beber? - ele pergunta, o que me faz perceber que já estou um bom tempo quieta, ele deve ter percebido.
- Não, obrigado. - seria perigoso aceitar algo para beber de um estranho.
- Olha, eu sei que aconteceram muitas coisas com você hoje, mas, tenta relaxar, eu não vou fazer nada de mal a você. - ele diz com uma calma que me atinge e logo me faz repensar. Me sinto mal, ele me ajudou muito, e agora eu estou o retribuindo com minhas paranóias.
- Por que você precisa de mim? - digo me lembrando do que ele disse no beco.
- É muito complicado.
- Eu quero saber, tenho o direito.
- Eu pretendo te contar, mas tem que me prometer que não vai rir, que não vai duvidar de mim. - ele diz sério
- Eu prometo.
Ele respira fundo, e pelo jeito, a história é longa.
- A três anos atrás, esses mesmos homens me perseguiram - assim que começou a falar, percebi o incômodo, era um assunto difícil. - Eles foram para matar, é o que eles fazem, e é o que continuam fazendo. Todos esses assassinatos que vem acontecendo no seu bairro nós últimos quatro meses, foram obra deles.
- Mas por que eles fazem isso?
- É isso que quero saber, e por isso preciso de você. Eu precisava garantir que você sobrevivesse para tentarmos chegar a alguma teoria.
- Por isso estava me encarando na loja? - pergunto e ele afirma - Mas como sabia que seria eu?
- Observei o movimento deles por um tempo, analisei cada caso que aconteceu, e decorei o nome de todas as vítimas. Até que recebi um sinal
- Sinal?
- Um dia recebi uma ligação de um número desconhecido, ele se identificou como " Lee know", disse que sabia do que aconteceu, e que queria me ajudar, ele foi meu informante.
- Então ele te ajudou a me encontrar?
Ele afirma com a cabeça. Chan se vira para sua mesa, e aponta para um quadro que não tinha percebido ainda, o quadro tinha inúmeros recortes de jornais e fotos de desaparecidos.
- Supostamente esses assassinatos começaram a uns cinco anos atrás, a vitima era uma mulher, ela foi morta brutalmente, e teve seu rosto desfigurado , o que impossibilitou o reconhecimento do corpo.
Olhei para a foto do local. Me causou arrepios na hora. Mas não pude deixar de perceber.
- Parece o trabalho de somente uma pessoa.
Chan me olhou confuso.- Está querendo dizer que não foram eles?
- Não é isso que quis dizer. - aponto para a foto do local, era uma floresta, típica situação de assassinato. - Parece um assassinato que não foi planejado, por isso digo que foi somente um assassino.
- É um bom ponto. - ele concorda satisfeito.
Um barulho alto soa de repente, e sem nem olhar eu já sabia...
...o cretino acordou.
Hora de interrogar.
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[PSYCHO] - Bangchan
FanfictionO que você faria por vingança? Até onde iria por amor? Você mataria alguém? Um passado que conecta muitas histórias, e um assassino que mata por vingança. Kang Eun-ji nunca se imaginou no meio de algo assim, mas agora, ela corria risco de vida. El...