Twenty six

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"As mais lindas palavras de amor são ditas no silêncio de um olhar"
- Leonardo da Vinci

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Já sentiu como se sua vida fosse uma mentira? Como se de repente, o castelo com muros que um dia você construiu, desmoronasse. A dor da perda é a pior dor que existe. Lembrar de todos seus momentos, sentir falta do cheiro da pessoa, sentir falta de escutar sua voz.

A dor da perda nos traz arrependimentos.

Em cada momento que me lembro de Soyeon, em cada sorriso que ela me dava, em cada bom dia, em cada boa noite. Eu me arrependia. Me arrependia de não ter sido uma amiga melhor, de não ter voltado naquele apartamento no dia em que brigamos, de não ter pedido desculpas e de não ter me declarado.

Eu era apaixonada em Soyeon.

Foi bem difícil aceitar que tinha sentimentos por uma garota, que tinha vontade de beija-la, que queria viver do seu lado. O primeiro amor é confuso, e eu estava confusa naquele momento. Eu achei que estava confundindo nossa amizade, e tinha medo de perde-la. Eu sou uma idiota.

Meu peito doía, era difícil respirar. Eu iria desabar em qualquer momento, mas era necessário que eu ficasse de pé, por Jisung, por Chan, por Hyunjin, por todos meus amigos que corriam perigo. Meu objetivo agora, era ir atrás de Bob, o ex namorado de Soyeon.

Ele tinha motivos para ameaçar Jisung, já que o culpava pela morte de Soyeon. E se não fosse ele, poderia ser mais útil nas investigações. Só tínhamos que acha-lo.

- Meninos - digo com uma voz baixa, lutando contra a vontade de chorar - Vamos pegar aquela caixa amanhã, precisamos acabar com isso de uma vez por todas. - eles me olham com pena.

Nesse meio tempo, Chan explicou meu plano para os policiais em nossa sala, já que eu não conseguia nem falar algo. Eles não concordavam com o que estávamos fazendo, diziam para deixar isso com a polícia, mas depois de muito pedir, concordaram.

- Meu amor - Chan diz indo até mim, que estava encolhida no sofá, sem acreditar ainda. - Vai descansar um pouquinho - ele beija meu rosto - Eu explico as coisas para eles, pode deixar que vai ficar tudo do jeitinho que você planejou. - ele dizia de uma maneira calma, ele era incrível.

Concordo com a cabeça, e Chan se levanta do sofá, mas antes dele ir, seguro seu pulso.

- Fica comigo? - digo com meus olhos cheios de lágrimas - Pelo menos até eu dormir - ele concorda com a cabeça.

- Minho, explique para eles o plano, vou cuidar dela - o garoto assente. Chan me leva até seu quarto, que agora era meu também, ou pelo menos era o que ele dizia.

Ele me colocou sentada na cama, e foi em direção ao seu guarda roupa, pegando uma camisa e um short dele. Ele voltou até mim, e me ajudou tirando minha jaqueta, já que eu não tinha forças para nada.

Ele pegou uma toalha, e me levou ao banheiro, do lado de fora do quarto, para tomar um banho. Estava em silêncio, não conseguia formular uma frase, estava perdida em minha própria mente.

Chan cantarolava uma música baixinho, ele estava lavando meu cabelo, e estava super concentrado. Aquilo me deu conforto, me senti protegida, me senti amada, eu não precisava bancar a forte na frente dele.

- Você pode chorar - ele diz suavemente - Eu não estou aqui para te julgar, você é forte meu amor, muito forte - meus olhos se encheram de lágrimas - Eu sempre vou estar aqui quando quiser chorar, quando quiser destruir todo mundo, quando quiser compartilhar sua felicidade. Então não tenha medo de chorar na minha frente. - percebi que os olhos dele também estavam cheio de lágrimas.

[PSYCHO] - BangchanOnde histórias criam vida. Descubra agora