Five

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Depois de arrastar o homem até a sala, Chan desaba no sofá, o criminoso, que agora era refém, estava com seus braços e pés amarrados, e sua boca foi tapada com uma fita.

Ele já não estava mais encapuzado,o que me permitiu analisar sua aparência. O rosto era de alguém na casa dos trinta anos, tinham esboços de rugas debaixo dos olhos, seu nariz era um pouco achatado, e seus olhos eram afiados e frios.

Caminhei até ele e retirei a fita de sua boca.

- Sua vadia louca!! - ele grita - Vou matar vocês assim que conseguir, vocês vão morrer, ele não vai deixar barato.

Em uma falsa coragem que me preencheu de repente, avanço pra cima dele.

- Acho melhor você pensar muito bem antes de me xingar - pego uma tesoura de ponta afiada que estava em cima da mesa.- Não esqueça que você está amarrado aqui, e eu posso te matar a qualquer momento.

Ele riu.

- Acha mesmo que me intimida? - rebate.

Me aproximo mais dele, pressionando a ponta da tesoura em seu pescoço.

- Quem é o seu chefe?

Ele estremece um pouco com a aproximação.

- Acha mesmo que ele seria tão burro de revelar para alguém sua indentidade?

Pressiono um pouco mais a tesoura.

- Acho bom estar falando a verdade. - obviamente eu estava blefando, não teria coragem de matar alguém, mas precisava entender tudo isso, precisava me vingar. - Por que ele quer me matar?

Fui direto ao ponto.

- São motivos particulares do chefe, ele não diz o por que, ele manda e eu obedeço.

Ele não parecia mentir.

- Como você conheceu ele?- foi a vez de Chan perguntar.

- Ele nos observava, e sabia de todos os crimes que já cometemos, então, em troca de não sermos pegos, fazemos o trabalho sujo pra ele.

Ele observava. Então ele teria me observado também?

- Quando que ele o chamou? - Chan o pergunta.

O homem pensa um pouco, como se calculasse mentalmente.

- Mais ou menos a uns dois anos.

Dois anos. O primeiro crime foi a três anos, o que comprova o que eu disse. Se aquele assassinato foi realmente cometido por ele, significa que ele estava sozinho.

- Como ele se comunicou com você? Você disse que ele não foi até você, e sim que o ameaçou. - se soubessemos o meio de contato poderíamos tentar interferir talvez.

- Ele ligava, sempre de números diferentes.

Seria difícil demais conseguir falar com ele, temos que pará-lo.

- Quem é a próxima vítima? - Chan, que agora estava de pé, perguntou.

Se soubessemos quem seria o próximo, poderíamos evitar sua morte, mas para isso, precisaríamos nós preparar.

E isso não seria moleza

...

Já era muito tarde, e eu ainda estava no escritório de Chan, bom, não que eu tivesse outro lugar para ir. Meus pais não moravam na Coreia, eles moram na Inglaterra, que foi onde cresci.

Eu não tenho ninguém aqui. A única pessoa que talvez poderia se importar comigo, era meu chefe, o Sr Kim, mas, duvido que ele ligaria para algo além de dinheiro. Quando ele chegar no estúdio e ver que eu não estarei lá, aí sim o choque vai ser grande. Chan me disse que seria melhor eu ficar ali,  para não chamar atenção, e que seria mais seguro, então, seu sofá virou minha cama.

Além de escritório, aquele espaço servia de casa para Chan, tendo mais três cômodos, sendo eles o quarto de Chan,um banheiro, e uma sala vazia, onde agora era cativeiro do homem que mantínhamos como refém.

Ou pelo menos, seu corpo sem vida.

O homem não respondeu a pergunta feita por Chan, e mordeu a própria língua até morrer, o que deixava claro a lealdade ao chefe...ou talvez medo.

Tento ao máximo não pensar nisso e descansar a mente, mas não dava.

Eu tentava dormir, porém minha mente não deixava, sempre pensando muito, mas dessa vez em uma coisa só, pois, a algum tempo atrás, o informante ligou, e ele nos deu um nome...

...

[PSYCHO] - BangchanOnde histórias criam vida. Descubra agora