Six

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...Han Jisung, a próxima vítima.

Não o conhecia, mas tinha que salva-lo, e para isso, tinha que o observar, entender sua rotina e tentar prever quando atacariam. Foi o que Chan disse.

No outro dia de manhã, botamos o plano em ação sem perder tempo. Não sabíamos quando atacariam.

O informante nos deu a localização da vítima. Era incrível como esse informante sabia das coisas, me pergunto os motivos dele para nos ajudar. É meio difícil confiar em alguém agora, já que minha vida desmoronou, não tenho ninguém aqui na Coreia, teria que confiar em Chan e tentar entender tudo isso.

Estou desolada

O Sr. Kim terá que contratar outra pessoa, já que não vou poder ter uma vida normal agora. Vou viver me escondendo, se não, vão me matar. A que ponto cheguei.

Kang Eun-ji, uma jovem de 24 anos, que só trabalha, não tinha amigos, e que quase não conversa com a família, agora estava na lista negra de um psicopata.

Parece até coisa de filme.

Agora estava eu e Chan, na frente de um prédio um pouco antigo, a rua nao era tão deserta como a minha, pois, logo na esquina, havia um pequeno restaurante de comida chinesa. Não tínhamos nenhum sinal de Han, estávamos esperando a três horas, e nada dele aparecer. Resolvemos entrar dentro do prédio e conversar com ele.

O único problema era que não sabiamos o andar e nem o número do apartamento.

- Esse prédio tem uns 10 andares, então vamos ter que nos dividir. - Chan disse.

Concordo com a cabeça e sigo para os andares de cima, enquanto ele procura pelos andares de baixo.

Bati na primeira porta que vi, e de lá saiu uma senhora. A senhora tinha olhos bem grandes e gentis, ela estava com uma luva de cozinha na mão, e logo senti um cheiro doce vindo do apartamento. Isso me lembrou que eu não comia a horas, pois não conseguia esquecer o corpo do homem estirado no chão da sala.

Ainda me causava arrepios. Chan teve que arrasta-lo para fora, e depois disso, não sei o que ele fez, e nem gostaria de saber.

- A senhorita precisa de algo? - a senhora me pergunta.

- Gostaria de uma informação. - ela olhou para mim e assentiu, como se falasse para prosseguir - A senhora por algum acaso conhece Han Jisung?

Ela pensou um pouco.

- Não me lembro de muitas pessoas, mas lembro dele. - seu tom de voz muda - Ele quase nunca sai de casa, mas quando sai, não vai muito longe. As vezes ele parece assustado.

- Assustado? - meu trabalho era somente descobrir onde ele morava, mas saber de sua vida poderia ajudar.

- Sim. Sabe, ele não recebe visitas a muito tempo. Mais ou menos uns três anos. Era uma menina bonita que vinha visitá-lo, acho que era namorada dele.

- E a senhora sabe onde ele mora? - ela me olhou desconfiada.

- Por que está me perguntando isso?

- Ah...eu estudei com ele no ensino médio, e queria procurá-lo - na verdade, eu havia crescido e feito meu ensino médio em Londres, onde meus pais moravam.

Ela parecia ter acreditado.

-  Ah, que bom que veio visitá-lo, ele é tão sozinho! - ela lamenta - Ele mora no apartamento 607.

- Obrigado senhora, e me desculpe o incômodo.

Desço e encontro Chan sentado nas escadas.

- Descobri onde ele mora.

Chan se vira para mim, sua expressão séria me deixou paralisada. Era difícil prestar atenção em qualquer coisa a não ser nele.
Ele tinha um rosto bonito, era encantador e super atraente, e não só o rosto, seu corpo era musculoso, seus ombros largos e fortes.
Apesar dos machucados e dos acontecimentos da noite passada, ele parecia bem, só estava com o rosto um pouco machucado. Eu não queria nem saber como eu estava.

- Então vamos lá, quanto antes resolvermos melhor - ele diz passando em minha frente e subindo- Assim você consegue descansar por mais tempo, sei que está cansada.

Ele não estava errado. Para mim, tudo se resumia a trabalho, e eu só vivia cansada, mas agora, depois de tudo, finalmente posso me ver livre do Sr. Kim. Ele que se foda para achar alguém que aceite trabalhar que nem um louco, para receber quase nada.

Seguimos para o apartamento de Han. Eu estava meio paranóica, achando que poderia ser uma armadilha, então, observava tudo. Melhor prevenir do que remediar.

Bati na porta. Ninguém atendeu.

- Han, gostaria de falar com você! - digo - Por favor, estamos aqui para te ajudar.

Sem resposta.

- Ele não vai atender. - disse Chan, que já estava impaciente - Saia de perto, eu vou arrombar.

- Você é louco!!? - se ele fizer isso, o prédio todo vai vir para ver o que aconteceu - O combinado era não chamar atenção.

Antes de sairmos, Chan havia me dito para não chamarmos atenção, mas o que ele sugeriu agora, era exatamente o oposto.

- Ele está aí, só está ignorando!!

- Mas não podemos fazer isso.

Teríamos que arrumar outro jeito.

- Se não atender agora, eu vou arrombar essa porta!!! - Chan esbraveja. - Vou contar até três.

Ele não podia estar falando sério, não é?

- Um!

Chan já estava vermelho de raiva.

- Dois!

Eu vou surtar.

- Três...!!- imediatamente um barulho de fechadura é ouvido, a porta se abre, revelando um garoto baixo, com roupas sujas e com os olhos vermelhos.

- Han Jisung?





[PSYCHO] - BangchanOnde histórias criam vida. Descubra agora