Eleven

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...tinha alguém nos seguindo!

Ele estava do outro lado da rua, usava um boné, máscara e uma toca. Ele olhava constantemente para nós, e tentava se aproximar aos poucos.

Estava tremendo. Isso não podia estar acontecendo de novo.

Respirei fundo. Não podia me desesperar, tinha que agir.

Cutuquei o ombro de Chan, bem discretamente. Ele se virou para mim, com uma cara de confusão.

- Não olhe, mas tem um homem do outro lado da rua nos seguindo. - sussurrei para ele. Chan entendeu o recado, e mudou a rota.

Curvamos duas ruas depois da rua do apartamento. Era preciso esconder a localização, senão, todos nós seríamos pegos. Só não contávamos que a rua, na verdade era um beco sem saída.

Estávamos sem saida, o homem chegava cada vez mais perto, eu tremia.

Chan segurou minha mão, para tentar me acalmar, mas eu pude ver sua preocupação.

- Quem é você? - Chan gritou para o homem, que retirava sua máscara. Seu rosto era lindo, o que eu não imaginava. Para um assassino, ele parecia mais um modelo. Ele era mais alto do que eu, o que me amedrontou um pouco.

- Não vim machucar vocês - ele sorriu, e foi um dos sorrisos mais encantadores que já vi. Deus, se eu for morrer agora, que essa seja a última coisa que eu veja.

- Você nos segui até aqui, pra cumprimentar é que não foi- Chan disse.

- Você tem razão - ele disse - Não vim para dar oi, vim, por que preciso da ajuda de vocês.

Ajuda?

- Que tipo de ajuda? - foi minha vez de falar.

- Preciso me vingar - ele disse em um tom sombrio, como se memórias voltassem em sua cabeça.

- Se vingar de quem? - Chan pergunta. Ele ainda segurava minha mão.

- Do homem que tem assassinado toda essa gente. - então ele sabe, mas como ele sabia sobre nós?

- Quem é você? - repito a pergunta.

- Me chamo Hwang Hyunjin.

...

"Doing for love"

...

Fomos até o apartamento de Chan, Jisung já estava acordado, mas ainda meio sonolento.

- Noona, quem é esse? - Jisung me pergunta. Ele já estava meio assustado com a presença de um estranho.

- Conhecemos ele hoje, ele se chama Hwang Hyunjin, e precisa da nossa ajuda. - externando tudo, até eu acho uma péssima ideia o ter levado ali.

- Prazer. - Hwang diz.

- Prazer, me chamo Han Jisung.

O clima entre eles não era dos melhores, mas, não podia fazer nada. Chan puxa uma cadeira para se sentar, eu me sento no sofá e Jisung ao meu lado, apoiando a cabeça em meu ombro. Hwang permanece em pé.

- O que tem para nos falar? - Chan pergunta em um tom sério.

- Eu quero ajudar vocês - ele vai direto ao ponto - Quero descobrir quem é esse desgraçado e mata-lo com minhas próprias mãos.

- E por que quer mata-lo? - Han pergunta - Ele te ameaçou também?

Seria o mais lógico.

- Não, ele não me ameaçou - ele para e respira fundo - Ele matou minha namorada.

Podia sentir a raiva e o sofrimento dele. Nem conseguia imaginar a sensação de perder alguém tão próximo assim. Não pela morte.

- E como sabe de nós? - a pergunta que dominava minha cabeça, finalmente saiu.

Ele olha para mim.

- Alguém me ligou, e disse que vocês poderiam me ajudar - ele fala tentando se lembrar da informação - Ele me disse a rua em que moravam, eu só esperei vocês saírem, e os segui.

- Quem te ligou?

- Um tal de...- ele força tentando se lembrar-  ...Lee... Know. Isso, Lee Know.

Então o informante entrou em contato.

- Como se chamava sua namorada? - Chan pergunta.

- Park Min-ju.

...
"In the name of love"
...

Memories (????)

Tinha 19 anos, não morava mais com meu pai e nem com o seu outro filho. Meu pai nem importava, já que tinha seu outro filhinho preferido ao seu lado, eles eram patéticos. O garoto estava começando a ficar parecido com ele, a maldade e a ganância, tudo foi herdado. Tinha nojo deles.

Hoje, meu pai me visitaria, só para dizer que ainda mandava em mim e jogar na cara o quão inútil eu era.

Felizmente ele não ficaria muito tempo hoje, já que ele iria levar sua pestinha para passear. Não queria vê-lo, principalmente hoje.

Quando ele passou pela porta, senti enjôo, ele vestia o mesmo paletó que usava no dia que matou minha mãe, e ele sabia disso.

O cumprimentei, e logo avistei o pestinha, ele tinha crescido, tinha uns 15 anos, sua expressão era idêntica a do meu pai.

- Vejo que ainda não arrumou esse muquifo - meu pai disse, se referindo ao meu apartamento.

Meu apartamento era pequeno, tinha um quarto, um banheiro e uma sala com cozinha. Um apartamento normal para um estudante.

- Em breve arrumarei.

- Se tivesse usado o dinheiro que te dei, não estaria nesse cubículo - ele diz alterado- Você é idiota assim como sua mãe.

Aquilo fez meu peito doer. Ele tinha a audácia de desrespeitar minha mãe no aniversário de morte dela?

- Bom, não vou perder meu tempo com você - ele saiu do meu apartamento, seguido por seu filho.

Uma raiva cresceu dentro de mim, e num impulso, peguei uma faca em cima do balcão e fui atrás dele.

Desci as escadas correndo, cheguei na rua e o vi indo em direção ao carro. Andei em passos rápidos, meu coração palpitava, minha cabeça rodava.

O esfaqueio três vezes na barriga, todos ao redor gritam.

Ele cai no chão.

Sou imobilizado, e depois de um tempo, sou levado a delegacia.

A última coisa que vi foram os olhos de ódio do meu irmão.

...
"Revenge"

"Vindicta".              "Vingança".     "복수"

...

👀
Quero ver teorias hein?



[PSYCHO] - BangchanOnde histórias criam vida. Descubra agora