XV⸙͎

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_ 𝐂𝐇𝐀𝐏𝐓𝐄𝐑 𝐒𝐈𝐗 _

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_ 𝐂𝐇𝐀𝐏𝐓𝐄𝐑 𝐒𝐈𝐗 _

❝ Lealdade? ❞
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━𝐄𝐌𝐄𝐑𝐀𝐋𝐃 𝚙𝚊𝚕𝚌𝚎, 𝟷𝟾𝟹𝟷.

Nas sombras profundas da noite, onde o silêncio reina absoluto, um soluço abafado corta a escuridão como uma lâmina fria.

À frente, uma jovem de cabelos prateados está encolhida em um canto frio do aposento, seus olhos inchados de tanto chorar já não possuem lágrimas a oferecer. O desespero queima em sua alma, deixando-a seca, tanto nos lábios quanto na garganta. Com um esforço árduo, ela se ergue, suas mãos trêmulas tateando as paredes em busca de orientação, pois a visão é uma dádiva que lhe falta.

Seu vestido branco, delicadamente ornado com flores azuis, balança suavemente com seus movimentos incertos, enquanto seus cabelos, emaranhados e desordenados, esvoaçam ao ritmo de seus passos vacilantes. Ela calça as sandálias de couro azul, que produzem um som abafado ao tocar o longo tapete vermelho bordado com detalhes dourados.

O aposento, outrora grandioso, agora se revela em seu desolamento: um jarro de flores discretamente colocado perto da entrada, o ranger das tábuas de carvalho sob seus pés hesitantes, tudo parece sussurrar histórias de abandono.

Ela mal percebe quando uma voz masculina quebra o silêncio, interrompendo sua solidão com uma firmeza surpreendente.

—Primeira Princesa!

Ela vira a cabeça na direção da voz, seus olhos cegos tateando no escuro, buscando a presença do interlocutor. Mal consegue discernir o vulto de um rosto tingido de vergonha.

—Choras? _a voz questiona, carregada de uma mistura de preocupação e incredulidade._

— Oh, n-não _ela gagueja, a mentira ecoando como um frágil escudo contra a realidade esmagadora._

—O que faz fora de sua cama a esta hora?

—...Nas noites, sou consumida pela insônia _responde ela, virando-se para encarar o cavaleiro, sua voz entrecortada pelo desespero que mal consegue conter._

O silêncio entre eles se torna pesado, denso como uma tempestade iminente. A jovem, sentindo o peso da conversa, se prepara para retornar ao seu isolamento, mas uma pergunta inesperada a faz parar.

—Não é a princesa curiosa sobre sua mãe?

Ela hesita, um silêncio gélido paira no ar.

—Certamente tenho curiosidade, mas que isso já não é um peso suficiente? _sua voz treme, mas ela prossegue_ Como o próprio imperador afirmou, minha mãe era meramente um dos seus brinquedos efêmeros...

O cavaleiro não responde de imediato, o silêncio se alonga, pesado e cheio de significados não ditos.

—Desculpe-me se pareço um ser deplorável aos seus olhos _ela murmura, um sorriso amargo cruzando seus lábios enquanto seca uma lágrima solitária que desliza por seu rosto pálido._ Peço desculpas por tomar seu tempo, cavaleiro. Com sua permissão, retiro-me.

Ela faz uma reverência, seus movimentos carregados de uma dignidade forçada, pronta para se afastar.

Mas, de repente, um baque inesperado faz seu coração saltar no peito. Ela se vira, tremendo, e vê o cavaleiro ajoelhado diante dela, a cabeça baixa em sinal de contrição.

—Perdoe-me, Primeira Princesa. Sinto profundamente minha falta de respeito nesta noite. Agi de maneira indigna perante Sua Alteza. Em busca de seu perdão, aceito a pena de morte que minha conduta merece.

O terror e a descrença se misturam no rosto da jovem, seu coração batendo descontrolado, enquanto contempla o que está diante de si, sem saber como responder à súplica desesperada daquele que, até então, era apenas uma sombra em sua vida.

O terror e a descrença se misturam no rosto da jovem, seu coração batendo descontrolado, enquanto contempla o que está diante de si, sem saber como responder à súplica desesperada daquele que, até então, era apenas uma sombra em sua vida

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