Pablo Gavi
Estava acontecendo.
Quanto mais dias se passavam, mais saídas fazíamos, mais falavam de nós.
Meus fãs iam a loucura, os fãs dela iam a loucura.
Os sites de fofocam explodiam e meu celular não parava de apitar.
Estava feito, fui completamente vinculado a Vacchiano.
E tudo mundo estava caindo nessa história, o que melhorava muito a minha vida agora.
Era certo que minha família já estava ciente, e Aurora se juntou com mamãe para as apresentar a Vacchiano. Também era certo que isso não iria acontecer enquanto eu pudesse evitar.
Uma coisa era mentir para um bando de estranhos, e outra era enganar toda a minha família. E, por mais que fosse para o meu bem, só quero que eles conheçam alguém que eu realmente amo.
Relativamente, minha vida parecia melhor, não – pensei bem –, estava "menos pior".
Hoje jogaria o meu primeiro jogo como titular desde o ocorrido há um dois meses. Estava ansioso, confesso, mas empolgado com a ideia de escutar a torcida do Camp Nou outra vez.
Os boatos sobre eu ser irresponsável com a minha carreira estavam diminuindo drasticamente, já que tudo o que as pessoas se importam são relacionamentos.
Estava terminando de vestir meu uniforme quando escutei meu celular vibrar.
Era Vacchiano, para variar. Essas ligações já tinham virado uma rotina diária, já que ela aparentemente sempre se esquecia de alguma coisa.
– Alô.
– Eu só consegui chegar no estádio agora e não querem me deixar entrar – disse rapidamente, e eu revirei os olhos automaticamente.
– Eu te falei pra chegar cedo – pontuei. –, mas eu vou pedir para liberarem.
– Gratidão, mané – e desligou.
Mandei mensagem para a segurança, e ela mandou abrir o portão pelo qual os jogadores entram.
Nossas ligações eram realmente frequentes mas eram assim, raramente passavam de um minuto.
Estávamos aprendendo a lidar um com o outro de uma maneira normal. Conversas apenas superficiais eram o que nos impedia de tentar matar um ao outro.
Era como se fôssemos polos iguais, tudo dentro de nós repelia um ao outro.
Claro que não era por sermos diferentes que eu a odiava, mas também não gostava dela.
Era alguém que eu era obrigado a suportar e estava aprendendo a não discutir com ela.
Basicamente, os tópicos que podemos conversar são sobre nosso trabalho, o clima, e pessoas estranhas que vemos na rua. Família, relações, problemas e coisas do gênero eram assunto proibido. Vivíamos melhor assim.
– Vamo, Gavi – me chamou Pedri, e eu rapidamente o segui. – Animado?
– Ansioso – respondi e senti seu toque em meu ombro.
– Somos um time, se lembra? Mesmo que perdêssemos...
– Não vamos perder – o interrompi.
– Mesmo se perdêssemos, somos o Barça e o Barça nunca morre. Apesar de que é difícil perder quando eu estou em campo – acrescentou e eu dei uma risada, o socando leve no braço. – Ai!
– Visca el barça, caralho! – gritei quando nos aproximamos do resto do time.
– Visca el barça! – escutei diversas vozes conhecidas.
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lie to me - pablo gavi
FanfictionA única coisa que pode tampar um escândalo é um maior ainda. a história é minha, todos os direitos reservados © tiktok: ifvgavira