17 | um erro.

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Pablo Gavi

Dia 31 de dezembro, oficialmente véspera de ano novo.

Apesar de ter recebido muitas mensagens de Vacchiano implorando para passar com Marcus, eu expliquei que precisavamos passar datas comemorativas juntos. Casais passam o Ano Novo juntos, isso é quase uma lei. E mesmo que eu não seja o namorado real dela, sou o oficial.

Hoje mais cedo tive uma reunião com Robert e Mateo, e eles pareciam suspeitar de algo, visto a quantidade de perguntas que fizeram sobre nós dois. Eu garanti que estávamos na mesma, e que agora só conversávamos mais. Se eles soubessem que nos envolvemos, nos matariam. Sim, eu sei que o envolvimento é perigoso pelo depois, mas viver mais três meses guardando nossos desejos em um pote acabaria me matando.

Eu estava em meu quarto, terminando de me arrumar para a festa de Ano Novo do Pedri. Vacchiano estava no quarto ao lado, arrumando seu longo cabelo. Apesar de sua relutância, eu acredito que se divertirá muito.

Me olhei duas á três vezes antes de sair do quarto, batendo na porta do quarto de visitas.

– Já vou! – Gritou do outro lado.

– Posso entrar?! – questionei depois e senti a porta se abrir.

– Tô terminando aqui – disse com uma chapinha em suas mãos, onde ondulava seu cabelo. Então era assim que ela fazia sempre.

– Não tenho muita pressa – dei de ombros. – Ainda são 21h.

– É, Gavi, mas não devemos chegar tarde nos lugares. É falta de respeito!

– Somos ricos e famosos, foda-se o respeito – rebati, já esperando sua reação indignada.

E foi como um passe de mágica: colocou suas mãos em sua cintura, fechou a cara e me olhou repreendedora.

– Você tem que parar de ser tão idiota – bradou, estressada e eu quase ri.

– Ninguém vai dizer nada se chegarmos mais tarde.

– Não faz diferença, ainda sim é falta de respeito e enquanto eu estiver aqui, vamos fazer as coisas do jeito certo – repreendeu e voltou a sua chapinha.

Não podia negar que ela ficava hilaria quando se estressava. Seu rosto ficava tão vermelho que parecia estar quase explodindo – se é que não estava.

Me joguei na cama enquanto esperava a morena enrolar seu cabelo. Não entendia porque uma mulher igual ela se importava tanto com beleza. Pra quem é natural, o esforço é perda de tempo. Não tinha maneira alguma dessa maluca ficar feia, pelo contrário, só ficava mais bonita.

Me levantei quando ela tirou a chapinha da tomada, e ela parou na minha frente.

– Você quer um elogio? – perguntei irônico ao vê-la esperando assim, e ela revirou os olhos. – Porque eu tenho muitos em mente.

– Eu não preciso que me elogie, obrigada.

Mas como eu queria a elogiar naquele momento. Usava um vestido branco longo, que modelava bem suas curvas, um pequeno salto bege e uma tiara em seu cabelo. Era simples e elegante. E como ela estava radiante assim.

– Mas você 'tá muito simples – alertou e eu olhei para minha própria roupa.

– Qual o problema com a minha roupa?

Eu usava uma calça bege folgada, e uma camiseta branca.

Ela só andou até o meu quarto e eu a segui. Lá ela pegou uma jaqueta branca jeans e me entregou.

– Coloca – mandou e eu coloquei suspirando.

Infelizmente ela estava certa: a jaqueta melhorou muito minha roupa.

lie to me - pablo gaviOnde histórias criam vida. Descubra agora