Pablo Gavi
– Como assim terminaram? – perguntei ao moreno na minha frente, que amarrava suas chuteiras com uma força desnecessária.
– Ela disse que quer focar em si mesma, que se continuarmos ela não vai querer ir embora e não sei mais o quê – falou resmungando a cada palavra, como uma criança. – Sabe, eu também não quero ser um atrazo na vida dela, mas me dói que ela pense assim.
– Não acho que ela pensa assim. Talvez ela só não queíra que você fique muito magoado quando ela for.
– Qual é a diferença de me magoar em janeiro e me magoar em junho? – disse em tom amargurado, nunca tinha visto ele dessa forma.
– Eu também não entendo muito a cabeça das mulheres, cara – dei de ombros. – Mas tem certeza de que tudo está acabado?
– 'Tô um pouco irritado ainda, mesmo que seja errado. Quando a poeira abaixar eu... sei lá, descubro o que fazer.
– Pô, a gente tem jogo daqui uma hora. Se você não tiver com cabeça é melhor não entrar.
– E deixar o meu time na mão?
– Gündogan entra no seu lugar, conversa com Xavi – toquei em seu ombro, dando o apoio que eu poderia dar.
– Não quero que ela veja o quanto me afetou.
– Você tá parecendo um adolescente, Pedro. Faz o que é melhor pro seu time.
Ele suspirou e me encarou. Pela primeira vez desde que o conheci, ele parecia não saber o que fazer. O amor realmente mexe com a cabeça das pessoas.
Hoje íriamos jogar a Supercopa da Espanha. Estávamos classificados após de ganhar a La Liga na temporada passada. A semi-final seria contra o Atlético de Madrid, que ganhou a Copa do Rei. Se ganharmos, a final será contra nosso maior rival: o Real Madrid.
Estávamos todos ansiosos pois se tudo desse certo, seria o primeiro título de uma temporada que estava cheia de promessas.
E eu queria ganhar mais ainda pois eu e Vacchi fizemos uma aposta, em que se eu ganhasse o jogo de hoje, ela me mostraria todo seu album antes de todo mundo e se eu perdesse, então eu faria o que ela quisesse por uma semana.
Era uma aposta desequilibrada, devo admitir, mas eu já fazia tudo o que ela pedia mesmo, a única diferença era que eu não poderia reclamar.
Saindo do vestiário, encontrei uma moça muito bonita correndo em minha direção. Ri da situação, pois jamais imaginaria Anne Vacchiano fugindo dos seguranças para me encontrar.
– Gavi! Fala pra ele quem eu sou – pediu ofegante, enquanto se aproximava mais de mim.
O segurança foi diminuindo a velocidade ao me ver, esperando uma resposta minha.
– Ela disse que é sua namorada, mas não carrega um crachá. – o homem alto explicou, e eu olhei para a garota. Era verdade, eu tinha me esquecido de entregar seu crachá pois não havia a visto ontem.
– Nunca vi essa mulher na minha vida – falei com um sorriso sapeca no rosto e ela me deu um olhar mortal.
– Pablo! – suplicou.
Quando o segurança se aproximou para levá-la e ela já estava ficando vermelha de tanta raiva, eu me pronunciei.
– É brincadeira – falei rindo. – Ela é sim minha namorada.
Ele acenou e saiu de cena, e eu já previ o que iria acontecer quando ela chegou perto de mim.
Um tapa do meu ombro, dois tapas no meu ombro e um soco extremamente fraco no meu abdômen. Ri da sua pouca força e levei um empurrão que não chegou nem perto de me mover.
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lie to me - pablo gavi
FanfictionA única coisa que pode tampar um escândalo é um maior ainda. a história é minha, todos os direitos reservados © tiktok: ifvgavira