Devo ter dormido por mais ou menos uma hora. Nos vestimos e descemos.
Tiffany: boa dia casal! - me sentei com ela e Lara na sala. Bruno foi para a cozinha.
Lara: a noite foi boa para vocês, hein?
Maya: como sabe?
Lara: bem, estamos falando de você e Bruno - nós rimos - e deu para ouvir vocês.
Maya: sério? - ela concordou e eu ri - eu estava bêbada, não me lembro de muita coisa. Bruno também não. Por favor, nunca mais me deixa beber daquele jeito! É sério!
Tiffany: okay - ela riu.
Maya: a minha cabeça dói - Bruno voltou com uma garrafa d'água e um comprimido.
Bruno: você precisa beber muita água.
[...]
As meninas foram para a boate no fim da tarde. Bruno tinha saído com Beto e Rosa também tinha saído. Então eu estava sozinha.
Barros: Maya! Está sozinha, menina? - concordei e sorri.
Maya: todo mundo tinha alguma coisa para fazer - bati no sofá e ele se sentou ao meu lado.
Barros: no que está pensado? Parece distante.
Maya: nem eu sei - nós rimos - já pensei em tanta coisa nos últimos 5 minutos que nem sei onde minha cabeça estava.
Barros: onde estão suas amigas?
Maya: trabalhando.
Barros: e Bruno?
Maya: trabalhando - nós rimos.
Barros: Rosa?
Maya: saiu. Descansando.
Barros: posso ficar com você até alguém chegar. Pode ser? - concordei.
Maya: como vão as coisas? Como está sua esposa?
Barros: bem! Os últimos exames mostram que ela venceu a doença.
Maya: que bom! Barros isso é ótimo! - eu o abracei.
Barros: meu filho até parou de ser tão rebelde. Nos entendemos melhor agora.
Maya: fico feliz por vocês - sorriu. Bruno e Alberto entraram discutindo, mas pararam quando me viram.
Bruno: oi, amor - Barros se levantou - pensei que iria para a boate, com as meninas - eu ri.
Maya: não existe a menor possibilidade de eu ficar acordada até tão tarde todos os dias - ele riu e me deu um selinho - por que estavam discutindo?
Bruno: o quê?
Maya: vocês dois entraram aqui discutindo. Beto ainda está olhando como se quisesse te dar uns tapas.
Bruno: não é nada - ergui as sobrancelhas.
Alberto: Bruno me contou que vão ver a Dulce. Não gostei dessa ideia.
Barros: vocês vão até lá? Para quê? Deixem essa mulher apodrecer lá sozinha!
Bruno: eu também não gosto da ideia.
Maya: mas você me prometeu. Se não quiser me levar, eu dou um jeito de ir sozinha.
Alberto: ah, qual é Maya! Essa mulher é um demônio! Olha tudo que ela fez para você, para sua mãe!
Maya: eu sei, Alberto! Nenhum de vocês nunca vai entender. Só eu sei o que eu passei por causa dela. Direta ou indiretamente. Eu preciso encerrar esse ciclo do jeito certo! O que foi que eu fiz da última vez? Chorei feito uma idiota enquanto olhava para a cara dela. Enquanto Marta fez alguma coisa. E ela... ela é minha mãe.
VOCÊ ESTÁ LENDO
A Virgem do Bordel
RomanceMaya cresceu nos corredores de um bordel, uma criança moldada pela sombra do negócio da família. Sua mãe trabalhava para sua tia, a dona do estabelecimento, e ali ela aprendeu a sobreviver no mundo impiedoso que a cercava. Tudo muda quando ela cruza...