[...]
Rich estava desanimado no dia seguinte. Não quis comer. Maya precisou insistir muito. E Joana estava carente. Eles não perguntaram nada, o dia todo. Mas antes de dormir, Joana se sentou na cama e ficou nos encarando.
Joana: não mintam para mim. Minha mãe está bem?
Maya: está, meu anjo.
Joana: então por que vamos ficar mais tempo aqui?
Bruno: não gosta mais de ficar com a gente?
Joana: claro que gosto! Mas é que eu quero minha mãe.
Maya: eu vou tentar te explicar da melhor forma possível, tá bom? - ela concordou - é que o parto do seu irmão teve que ser diferente. Não deu para ser como o seu e o do Rich. Acontece, que desse outro jeito, a recuperação é mais lenta. Ela não vai poder nem carregar seu irmãozinho se não estiver sentada, por exemplo.
Joana: então ela precisa ficar mais tempo perto dos médicos?
Bruno: exatamente. Ela e seu irmão estão bem, mocinha.
Joana: vocês tem uma foto dele?
Rich: posso ver? - Maya riu.
Maya: não. É surpresa - eles resmungaram - ele é lindo, não se preocupem.
Bruno: também é bem grande e pesado, para um recém-nascido.
Joana: quando vamos ver eles?
Maya: quando forem para casa.
Joana: só?! - eu ri.
Bruno: sim! Agora vamos dormir!
[...]
> Maya <
Dois dias depois, nós fomos para a casa de Thomaz e Gina. Ela estava sentada na sala, com o bebê no colo.
Gina: oi - ela sorriu.
Joana: mamãe - Joana e Rich se sentaram ao lado da mãe - que fofinho.
Rich: se parece comigo.
Gina: também acho.
Joana: quando vocês chegaram?
Thomaz: ontem - disse entrando na sala com Bruno e Bruce - mas eu pedi para só trazerem vocês hoje.
Joana: por quê?
Thomaz: porque sim, mocinha - ela resmungou.
Maya: como você está?
Gina: bem - ela sorriu - feliz por estar de volta em casa.
Maya: e ele? Qual nome escolheram?
Thomaz: Eddie.
Gina: ele quase não chora. Mas em compensação, mama como um bezerro. Quer segurar?
Maya: posso?
Gina: claro que pode! É madrinha dele, esqueceu? - ela me entregou Eddie. Ele abriu os olhos e me encarou por um tempo.
Maya: oi, lindinho - Bruno se aproximou e colocou a mão na minha cintura - olha só - Eddie agarrou o dedo de Bruno.
Bruno: oi, amigão - Eddie sorriu.
Gina: podem trocar ele, por favor?
Maya: claro - fomos para o quarto de Eddie. Era a coisa mais fofa! Bruno pegou Eddie do meu colo e colocou no trocador. Ele fez tudo tão bonitinho e tão rápido, eu fiquei só observando - você é bom nisso - ele sorriu e pegou Eddie no colo de novo.
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A Virgem do Bordel
RomanceMaya cresceu nos corredores de um bordel, uma criança moldada pela sombra do negócio da família. Sua mãe trabalhava para sua tia, a dona do estabelecimento, e ali ela aprendeu a sobreviver no mundo impiedoso que a cercava. Tudo muda quando ela cruza...