Capítulo 30

667 41 3
                                    

Maya: o que está acontecendo?

Bruno: não sei. Não vamos ficar para descobrir - ele pegou a pistola do corpo do homem e pegou um fuzil que estava encostado na parede, ao lado da porta. Bruno me entregou a pistola. Ele saiu da sala primeiro e depois chamou. Nós passamos por um corredor, mas demos de cara com um homem quando viramos no corredor das escadas. Ele atirou em nossa direção, Bruno me protegeu com seu corpo e nos levou para outra sala vazia - merda - disse colocando a mão sobre o ferimento.

Maya: ah não, Bruno!

Bruno: eu estou bem - ele saiu da sala e atirou no homem com o fuzil. Bruno se encostou na parede e fui até ele.

Maya: você não é nenhum super herói, não devia ter entrado na frente dos tiros.

Bruno: e deixar esse tiro pegar em você? Não, obrigado.

Maya: que... Merda!

Bruno: vamos, ainda temos que sair daqui - ele segurou minha mão. Nós descemos as escadas e paramos na porta da saída. O lado de fora parecia um campo de guerra - nós precisamos correr até aquelas caixas e nos proteger ali - disse apontando. Ele estava pálido e suando.

Maya: Bruno - passei a mão em seu rosto. Ele negou com a cabeça.

Bruno: eu estou bem - disse baixo - seu eu ficar para trás, você não vai voltar. Vai continuar correndo até sair daqui.

Maya: não. Ou nós saímos daqui juntos ou não saímos, você me entendeu? - segurei sua mão. Ele me puxou e me beijou.

Bruno: vamos - nós só corremos. Sem olhar para nada, sem parar. Só corremos até as caixas. Nos abaixamos ali. A respiração dele estava acelerada - você foi atingida? - perguntou com a voz fraca.

Maya: não. E você?

Bruno: ótimo, eu também não.

Maya: a gente precisa estancar esse sangramento - levantei sua camisa - merda - ele segurou meu pulso, me sujando de sangue.

Bruno: eu te amo. Mais do que tudo nessa vida - ele sorriu e lágrimas escorreram por seu rosto.

Maya: eu também te amo, Bruno. Me escuta - segurei seu rosto - nós vamos sair daqui vivos, entendeu? Nós dois! Você ainda me deve um casamento de verdade! Cheio de coisas que eu nem ligo - ele riu - só fica acordado, tá bom? - ele concordou fechando os olhos - Bruno! Não faz isso comigo! Que merda! - eu precisava tirar ele dali, mas antes precisava limpar o caminho. Peguei o fuzil. Beijei a testa de Bruno e me levantei. Atirei em todos os rosto que atiravam na minha direção e em quem eu não reconhecia. Vi Bruce e Alberto vindo da minha direção.

Maya: vamos tirar o Bruno daqui - apontei com a cabeça para as caixas.

Alberto: merda. Ele levou um tiro? - concordei e continuei atirando. Bruce conferiu o pulso do irmão.

Bruce: quanto tempo até o helicóptero chegar?

Alberto: um minuto, menos que isso.

Maya: minhas balas acabaram - Alberto me jogou mais - quando o helicóptero chegar, vocês carregam Bruno e eu dou cobertura.

Alberto: ok - poucos segundos depois, ouvimos o helicóptero chegando. Alberto e Bruce pegaram Bruno. Eu os segui, depois que subiram, Alberto me puxou para dentro. Chegamos muito rápido ao hospital.

A Virgem do BordelOnde histórias criam vida. Descubra agora